Brasileiros comemoram: salário mínimo terá o primeiro aumento real em 4 anos

Depois de quatro anos, o salário mínimo pode ter o primeiro aumento real. A definição ainda depende das negociações da equipe de transição de governo.



A equipe de transição de governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva tenta adaptar a lei orçamentária de 2023. A intenção é promover algumas mudanças, como no valor do salário mínimo com previsão de aumento real acima da inflação. Se isso acontecer, será o primeiro aumento em anos, mas o valor ainda é abaixo do ideal.

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O reajuste do salário mínimo é considerado aumento real quando fica acima da inflação.

Essa foi uma promessa de campanha do então candidato Lula. Agora o senador eleito, Wellington Dias, indicado pelo novo governo para negociar ajuste no orçamento para 2023, está comandando as reuniões com o relator da comissão mista do Senado, senador Marcelo Castro.

Aumento real

Além de uma mudança significativa no salário mínimo, a equipe de Lula tenta manter o valor de R$ 600 no Auxílio Brasil. A princípio, o valor só vale até dezembro. Depois disso, o auxílio mensal deve voltar a ser de R$ 400.

Já em relação ao salário, a previsão é de chegar a R$ 1.320. Se essa informação se confirmar, será o primeiro aumento real na remuneração desde 2018. Outros parlamentares do PT, a exemplo do ex-ministro Aloísio Mercadante e o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin, participam das negociações e estão à frente da equipe de transição de governo de Jair Bolsonaro para Lula.

Mesmo com o aumento real no salário mínimo, caso se confirme, o valor ainda será muito abaixo do ideal para uma família de quatro pessoas. Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômico (Diesse), o mínimo no Brasil teria de ser acima de R$ 6 mil, ou seja, cinco vezes a mais do que o atual salário mínimo.

O cálculo leva em conta os direitos fundamentais e numerados pela Constituição Federal que deveriam ser respeitados no país. Por exemplo: o direito à alimentação, educação e moradia. Apesar de haver um desejo de um grande reajuste, segundo especialistas, este se trata de um valor que dificilmente será alcançado em breve.

A remuneração básica do Brasil é hoje a segunda menor entre os 38 países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Só fica à frente do México, que tem o pior salário.




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