O coordenador da equipe de transição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já tem nome: o vice-presidente Geraldo Alckmin. O anúncio foi feito na manhã desta terça-feira, 1º de novembro, após reunião com a presidente do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann e com Alozio Mercadante, que ficou encarregado de elaborar o plano do próximo governo petista.
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Em suma, Alckmin coordenará uma equipe com 50 nomes, que vão atuar na parte técnica e política para firmar diálogo com integrantes do governo do presidente Jair Bolsonaro. A bancada do Congresso Nacional será composta em sua maioria por parlamentares do partido do mandatário, o PL.
Devem compor o grupo A os principais líderes do PT e dos partidos da coligação que ajudaram na eleição de Lula. A sede da equipe de transição deverá operar do prédio do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília.
Escolha do coordenador da equipe de transição
Antes da escolha de Alckmin, estavam cotados para comandar o grupo Mercadante, que ajudou a coordenar o programa de governo na campanha, e Gleisi, que trabalhou como coordenadora-geral.
Chegou a ser cogitado que seria uma coordenação dividida, no entanto, eles fazem parte do grupo, mas não chegam a partilhar do comando com o vice presidente eleito. De acordo com um dirigente do PT, Lula declarou que quem fosse escolhido para ser coordenador não iria chefiar um ministério.
Tal feito será diferente de 2002, em que o coordenador de governo do PT, Antonio Palocci, acabou se tornando ministro da Fazenda, considerado um dos ministérios de peso do Executivo.
Dessa forma, ainda há dúvidas se Alckmin será designado a ocupar alguma pasta. De acordo com dirigentes de Lula, se o vice-presidente receber um ministério de grande porte, será mais difícil para ser feita sua demissão, se chegar a esse ponto. Em contrapartida, oferecer a ele uma pasta menor pode significar um certo descrédito à sua posição.