O Auxílio Brasil voltará a ser concedido de acordo com as regras do antigo Bolsa Família durante o governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Assim, as famílias que receberem o auxílio deverão manter seus filhos vacinados e matriculados em escolas, dentre outras exigências.
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Durante uma entrevista para o Estadão, a ex-ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome no mandato de Dilma Rousseff (PT), Tereza Campello, afirmou que apesar das mudanças ocorridas, a transição de governo terá como uma de suas principais tarefas a manutenção do benefício. Tereza também foi uma das responsáveis pelas questões sociais na campanha de Lula à presidência.
Retorno do benefício de R$ 150 por filho
Além disso, o novo governo manterá inicialmente o valor de R$ 600 do benefício. As negociações já foram iniciadas nesta quinta-feira (3), durante a reunião para definição do Orçamento Público de 2023.
Com o decorrer do tempo, o Auxílio Brasil ganhará uma nova formatação, se assemelhando ao antigo Bolsa Família. Dessa forma, uma das prioridades do novo presidente é de adicionar novamente ao benefício o valor de R$ 150 por filho menor de seis anos. Assim, a medida tem o intuito de garantir maior equidade entre os beneficiários.
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De acordo com Tereza Campello, atualmente o mesmo valor é pago para um homem solteiro que recebe o benefício e para uma mãe que mora com vários filhos. Dessa forma, a distribuição do benefício se torna injusta, uma vez que a mãe possui mais custos e obrigações com os filhos do que um homem solteiro.
Após a estabilização da equidade entre os beneficiários do programa, o intuito do governo Lula é retomar com o Sistema Único da Assistência Social (Suas). Assim, voltará a ser exigido que todas as crianças da família estejam matriculadas em escolas e que seu cartão de vacinação esteja completo e em dia.