Você pode ficar bêbado sem beber? Com esta misteriosa síndrome, sim

Casos raros de síndrome de fermentação intestinal podem gerar o problema em diversas pessoas. Sim, você pode ficar embriagado sem ingerir uma gota de álcool sequer.



Imagine a seguinte situação: você acaba de fazer uma refeição rica em carboidratos ou alguns alimentos pesados. Pouco tempo depois, começa a sentir sua cabeça girar, a fala fica amolecida e não há mais tanta firmeza nos membros.

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A polícia para seu carro e mede o nível alcoólico no sangue. Para sua surpresa, você está embriagado, mas não bebeu uma gota de álcool sequer. Então, há uma descoberta chocante: você sofre com a síndrome da fermentação intestinal (SFI).

Você pode ficar embriagado sem consumir álcool; entenda a SFI

Primeiramente, vale a pena destacar que a SFI é algo bastante raro. Na verdade, todas as pessoas acabam produzindo fermentação intestinal e tem um pouco de álcool liberado no corpo. No entanto, a concentração é mínima e insuficiente para que fique embriagado. O próprio metabolismo consegue dar conta da substância rapidamente.

Ainda assim, existem alguns seres humanos que experimentam uma realidade diferente em bem desagradável. O alimento fermenta dentro do intestino, mas o álcool produzido acaba sendo absorvido pelo corpo e ele age como se tivesse ingerido algum tipo de bebida.

Por que algumas pessoas sofrem com essa síndrome

Pesquisadores no mundo inteiro estão pesquisando mais a respeito do assunto e querem descobrir o que acontece para que haja quem fique embriagado sem ter bebido álcool. Provavelmente, a causa se concentra em desequilíbrios na população de microrganismos intestinais. Ou seja, micróbios capazes de fermentar e liberar álcool se multiplicam com muita velocidade.

Vale destacar que, recentemente, pesquisadores encontraram a mesma situação em outro órgão. Microrganismos que vivem na bexiga humana produziram álcool na urina e isso aconteceu de forma mais frequente em pessoas com diabetes.

Algumas pesquisas japonesas mostraram que a SFI costuma se relacionar mais com pessoas que têm algum tipo de comorbidade, como diabetes, problemas hepáticos e obesidade. Além disso, há também fatores genéticos ligados ao aparecimento da síndrome.

Uma enfermeira da Faculdade de Medicina da Universidade de Hokkaido foi diagnosticada com o problema, embora fosse uma mulher saudável de apenas 24 anos. No caso dela, a principal suspeita é a de que um aumento inesperado de bactérias tenha mudado a metabolização de alguns alimentos.




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