Com o processo de aumento da Selic que ocorre desde março de 2021 (saindo de 2% para 13,75% ano), junto à inflação e incertezas políticas a previsão é que os juros não caiam tão cedo. É neste contexto que especialistas apontam que 2023 deve ter a renda fixa com melhor estratégia para investidores.
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Isso porque, se por um lado a taxa básica de juros está em alta, encarecendo os empréstimos, por outro os investimentos em renda fixa se tornam mais atrativos. Em outras palavras, isso ocorre porque muitos deles têm seus rendimentos atrelados à Selic e, portanto, quanto mais alta a taxa, maior é o rendimento.
A perspectiva é que a Selic não abaixe tão cedo. A médio prazo, devo haver uma queda nos juros no segundo semestre do próximo ano, mas ainda assim a Selic deve seguir com dois dígitos.
Na prática, quem aplicar em ativos cujo rendimento acompanhe a taxa Selic, o dinheiro vai render acima da inflação, garantindo o poder de compra e aumentando o montante acumulado.
Melhores investimentos
Embora o cenário do próximo ano ainda seja incerto, as taxas de juros devem continuar altas pelo menos no primeiro semestre. Os ativos pós-fixados, por exemplo, foram mais beneficiados por conta do aumento de juros em 2022. Com a alta da Selic, é possível que esses papais sigam com boa rentabilidade.
No entanto, é preciso um pouco de cautela. No caso dos ativos prefixados, a taxa de juros sofre definição já emissão do ativo. Neste cenário, é preciso estar atento aos papéis com maiores prazos devido às incertezas sobre o futuro da inflação e da Selic.
O mesmo vale para ativos atrelados à inflação. Se esta for a escolha, o ideal é escolher os investimentos de curto prazo (4 a 5 anos).
Oportunidades
Além dos títulos públicos, há outras oportunidades no universo da renda fixa. Um bom exemplo são os ativos de crédito privado. Neste cenário, o investidor “empresta o seu dinheiro” a empresas e instituições financeiras que devolvem ao final do prazo de vencimento, com juros.
Outra opção são alguns títulos bancários com rentabilidades atrativas, entre 10 e 15% ao ano. No entanto, é preciso escolher bem o produto e se atentar à empresa que está emitindo o título para checar o grau de saúde financeira.
Por fim, a diversificação na carteira segue como melhor opção, uma vez que pode haver alterações no mercado.