A população voltou a ver a fila de espera do Auxílio Brasil crescer após as eleições presidenciais. Forte argumento de campanha, o programa do governo federal teve seus pedidos zerados até outubro, mas parou de incluir novas pessoas logo após.
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Com isso, 127.948 pedidos foram considerados elegíveis, mas não vão a receber o benefício em dezembro. Em julho, eram 1,569 milhão de pessoas na fila. A informação foi divulgada pelo jornal Folha de São Paulo.
A promessa do Ministério da Cidadania era zerar a fila até o final do ano, mas o plano foi adiantado e outras 3,5 milhões de famílias foram adicionadas além do esperado.
Em 2022, a quantidade de brasileiros beneficiados com o Auxílio Brasil passou de 18,02 milhões em março para 21,13 milhões em outubro.
Auxílio Brasil terá pente-fino
A pressa pode ter incluído pessoas sem perfil, no entanto. Segundo o TCU (Tribunal de Contas da União), estima-se que o ingresso desses beneficiários não foi acompanhado de análise técnica do governo, o que acabou beneficiando famílias de “uma pessoa só” em detrimento de lares com crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade.
No parecer da equipe técnica há o apontamento de pagamentos indevidos com o pretexto de zerar a fila, segundo informou O Globo com exclusividade após ter acesso ao documento.
A equipe de transição do presidente diplomado Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está propondo a revisão dos cadastros do Bolsa Família a partir de fevereiro de 2023. Esse “pente-fino” deve afetar 4,9 milhões de pessoas que recebem o Auxílio Brasil mas que declararam morar sozinhos.
O presidente eleito prometeu manter de forma fixa o valor de R$ 600 mensais, que acabaria em janeiro. Para isso, tenta aprovar na Câmara a “PEC da Transição”, atualmente em discussão. Além do Bolsa Família, a Proposta de Emenda à Constituição prevê mais recursos para saúde e educação.
