São tempos de crise política no Peru, um dos nossos países vizinhos. A nação decretou estado de emergência na última quarta-feira (14), após protestos em todo o país. Serão 30 dias de estado de emergência em todo o país.
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Segundo o ministro da Defesa peruano Alberto Otárola, a medida é uma resposta “contundente” à onda de protestos violentos que assolaram o país. Isso tem acontecido desde o dia 7 de dezembro, quando o até então presidente Pedro Castillo tentou dissolver o Congresso do país.
Para a imprensa local, o movimento do então presidente foi uma clara tentativa de golpe de Estado. No mesmo dia que anunciou o “govero de exceção” e o fechamento do Congresso Nacional, no entanto, Catillo foi desobedecido e afastado da presidência pelo próprio Parlamento, além de ter sido preso pela Polícia Nacional e substituído pela vice-presidente Dina Boluarte. O Ministério Público e as Forças Armadas do país também reagiram.
No caso peruano, portanto, os poderes legislativo e judiciário agiram para a manutenção da Constituição no país, que já passa por momentos turbulentos nos últimos anos. Nos últimos cinco anos, por exemplo, o país teve 5 presidentes.
Protestos e violência pioram crise política no Peru
Desde a remoção de Castillo do cargo, protestos se espalharam por todo o território peruano, com violência e morte de civis. Até a quarta-feira (14), ao menos 6 mortes foram registradas.
Diferentes motivações são apontadas pelos protestantes. Desde pedidos da renúncia imediata da atual presidente, que até então era a vice de Castillo, até a exigência de eleições imediatas e fechamento do Congresso.
Um dia antes do anúncio do estado de emergência, na terça-feira (13), foi publicada nas redes sociais uma suposta carta enviada por Pedro Castillo de onde está detido, pedindo aos seus seguidores para não caírem no “jogo sujo” das novas eleições.
Estado de emergência visa conter os protestos
O anúncio do estado de emergência em todo país na quarta-feira (14) é uma evolução do pedido anterior, feito na segunda (12), de estado de emergência nas áreas de maior conflito.
Desde segunda também, a presidente Boluarte apresentou ao Congresso uma proposta para antecipar as eleições gerais para o final de 2023. Pedro Castillo e Dina Boluarte foram eleitos em 2021.
