Postar selfies é algo muito comum para qualquer brasileiro com smartphone hoje, mas talvez fosse interessante repensarmos estes hábitos. Isso porque atualmente, é possível treinar inteligências artificiais para fazer montagens perfeitas com suas fotos em diversas situações, algumas podendo ser até ilegais e embaraçosas. Quanto mais anônimo uma pessoa é, mais difícil é disso acontecer, mas é importante estar consciente.
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A tecnologia tem facilitado a vida de criminosos na alteração de imagens. Fotografias sempre estiveram sujeitas a edições, mas antes era preciso ter certa habilidade para ficar algo próximo do real. Hoje, isso não é mais um problema.
E o pior é que, muitas vezes, é a própria vitima que cede a foto ao tirar uma selfie em aplicativos de Inteligência Artificial de procedência duvidosa em troca de versões diferentes de si (como em animes ou cartoons).
Ajudando a criar pessoas ao postar selfies?
Para exemplificar o poder de uma Inteligência Artificial treinada, o site Ars Technica criou o John, uma pessoa simulada para mostrar como esta tecnologia funciona. Juntando fotos de um suposto perfil nas redes sociais, é possível criar diversas realidade em que o John nunca esteve presente.
Nas fotos acima está John, que não é uma pessoa real. Foi usado um gerador de imagens de IA chamado Stable Diffusion (versão 1.5) e uma técnica chamada Dreambooth para ensinar a IA a criar imagens de John em qualquer estilo.
Embora ele não seja real, alguém poderia reproduzir resultados semelhantes com cinco ou mais imagens de qualquer pessoa. Eles podem ser retirados de uma conta de mídia social ou até mesmo capturados como quadros estáticos de um vídeo.
As imagens sintetizadas não são perfeitas. Se você olhar com cuidado, uma pessoa experiente pode identificá-las como falsificações. No entanto, pessoas leigas ou muito atarefadas podem deixar isso passar batido.
Não é incomum que esse tipo de tecnologia seja utilizada para gerar “pessoas artificiais” e aplicar golpes. E nossas fotos podem ser utilizadas para isso.
