O Brasil está na liderança do ranking global de juros reais. É o que revela levantamento do MoneYou e da Infinity Asset Management. Na quarta-feira (7), o Copom (Comitê de Políticas Monetárias) decidiu manter a taxa básica de juros do país, a Selic, em 13,75%.
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Para o calculo dos juros reais, é feita a estimativa da inflação esperada para os próximos 12 meses (que é de 5,33% no caso do Brasil) e desconta-se esse valor da taxa básica de juros de cada país. No caso brasileiro, os juros reais são, portanto, de 8,16%, de acordo com a projeção do MoneYou.
O ranking traz 40 países. Na média geral, o mundo tem juros reais de -2,16%. Já nos juros nominais, sem descontar a inflação, o Brasil fica em segundo lugar, atrás apenas da Argentina (com uma taxa de 75%). Por lá, porém, a hiperinflação derruba a taxa real para -11,36%.
Último encontro do Copom manteve Selic a 13,75%
O Copom do Banco Central fez sua última reunião de 2022 no dia 7 de dezembro e resolveu manter o valor da taxa Selic a 13,75% ao ano.
O Comitê se reúne a cada 45 dias para reavaliar a situação econômica do país. O próximo encontro, portanto, já deve ser sob o Governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. No governo de Bolsonaro, a taxa começou em 6,5% e chegou a 2% ao ano, antes de começar a crescer e chegar ao patamar atual de 13,75%.
A manutenção da Selic já foi o suficiente para manter o Brasil como o país com os juros reais mais altos do mundo.
Confira o ranking de juros reais:
- Brasil: 8,16%
- México: 5,39%
- Chile: 4,66%
- Hong Kong: 3,12%
- Colômbia: 2,39%
- Filipinas: 2,21%
- Indonésia: 2,09%
- África do Sul: 1,73%
- Índia: 1,13%
- Israel: 0,74%
- Malásia: 0,30%
- Nova Zelândia: 0,08%
- Hungria: 0,05%
- China: 0,02%
- Reino Unido: -0,60%
- Estados Unidos: -1,04%
- Japão: -1,54%
- Coreia do Sul: -1,56%
- Singapura: -1,60%
- Suíça: -1,60%
- Taiwan: -1,71%
- Rússia: -1,80%
- Canadá: -2,19%
- Austrália: -2,92%
- F rança: -2,94%
- Tailândia: -4,19%
- Suécia: -4,32%
- Portugal: -4,48%
- Dinamarca: -4,50%
- Itália: -5,09%
- Áustria: -5,18%
- Alemanha: -5,36%
- Espanha: -5,44%
- Polônia; -6,35%
- Bélgica; -6,39%
- Grécia: -6,43%
- República Checa: -7,53%
- Holanda: -7,78%
- Argentina: -11,36%
- Turquia: -14,49%