A primeira semana de 2023 começou com surpresa desagradável para os brasileiros: aumento médio de 3,23% no preço da gasolina. O dado é referente a um levantamento feito pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) em mais de cinco mil postos do país.
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O valor do combustível subiu de R$ 4,96 para R$ 5,12, ou seja, variação de R$ 0,16 centavos por litro. Quem mais sente a diferença no bolso é o consumidor, que paga caro para abastecer o veículo.
O movimento foi um reflexo coletivo do temor a respeito da volta de tributos federais. Em uma tentativa de reduzir os preços dos produtos, o governo Bolsonaro desonerou os combustíveis em 2022, mas a medida só tinha validade até dezembro.
Contudo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu prorrogar a decisão e manter os impostos zerados por mais 60 dias. Com isso, não há justificativa para um avanço tão expressivo nos preços da gasolina.
As medidas econômicas aprovadas por Lula incluem zerar as alíquotas do PIS/Pasep e Cofins sobre gasolina, álcool, querosene de aviação e gás natural veicular; zerar a Cide sobre a gasolina; e reduzir as alíquotas do PIS/Pasep e Cofins sobre diesel, biodiesel, gás natural e gás de cozinha. A última tem validade até 31 de dezembro de 2023.
Nova queda nos preços
Apesar do susto inicial com a alta, os preços voltaram a cair. Na última semana, o custo médio do litro de gasolina no país passou de R$ 5,12 para R$ 5,04, queda de 1,56%. Veja o valor médio por região:
- Nordeste: R$ 5,18;
- Sul: R$ 5,09;
- Norte: R$ 5,03;
- Sudeste: R$ 4,97;
- Centro-Oeste: R$ 4,91.
O Distrito Federal teve a maior queda, de 6,29%. Já Roraima registrou a maior alta nos preços, de 3,81%.
Etanol e diesel
Também houve redução no preço médio do diesel na semana passada, de R$ 6,51 para R$ 6,46 o litro. O recuo é de 0,78 ponto percentual. A queda ocorreu em todas as regiões, exceto no Norte, onde o combustível ficou estável.
Já o etanol hidratado ficou 1,74% mais barato no Brasil no mesmo período. O preço médio caiu de R$ 4,01 para R$ 3,94, puxado especialmente pela forte queda na região Centro-Oeste (-3,62%).