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BOMBA nas Americanas: rombo contábil de R$ 20 bilhões é descoberto

Durante uma investigação interna, a Americanas descobriu uma série de inconsistências financeiras que se acumulam em R$ 20 bilhões. Entenda!



A Americanas tornou público ontem (11) uma situação que foi encontrada durante uma investigação interna. De acordo com a empresa, diversas “inconsistências contábeis” foram encontradas durante o balanço financeiro, atingindo a marca de R$ 20 bilhões.

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As primeiras informações divulgadas a respeito do caso indicam que alguns financiamentos contratados pela empresa não foram lançados corretamente no sistema. Dessa forma, o valor real de endividamento da Americanas pode ser muito maior do que o indicado em seus demonstrativos financeiros.

A situação se torna ainda mais grave com o pedido de demissão do presidente da empresa, Sérgio Rial, e do diretor financeiro, André Covre.

Tanto o diretor quanto o presidente da empresa estavam no cargo há somente 10 dias. A renúncia de ambos se deu após a identificação dos erros, que ocorreram antes dos dois assumirem seus cargos. A Americanas divulgou que está em processo de apuração sobre o ocorrido, buscando confirmar as irregularidades por meio de uma auditoria independente.

Suposta fraude das Americanas será história no mercado brasileiro

Caso a fraude ou manipulação contábil seja comprovada, o valor de R$ 20 bilhões será um dos maiores já registrados no mercado brasileiro. Para aumentar a compreensão sobre o assunto, a fraude que gerou a falência do Banco Panamericano foi de R$ 4 bilhões.

No caso da resseguradora IRB Brasil, a manipulação contábil de R$ 600 milhões fez com que as ações da empresa despencassem em 90% na Bolsa de Valores desde o ocorrido. Além dessas, a Via (antiga Via Varejo), detentora das marcas Casas Bahia e Ponto, descobriu uma fraude contábil em 2013, no valor de R$ 1,1 bilhão.

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Na época, a concorrente da Americanas não realizou a baixa de ativos vendidos, deixando de contabilizar as perdas com o pagamento de verbas em processos trabalhistas. Assim, uma auditoria independente comprovou a manipulação dos números, com a empresa divulgando os prejuízos nos resultados de 2019.

De acordo com Ivo Bari, sócio do escritório BVZ Advogados, o mais comum em casos de inconsistências contábeis é de que a própria empresa entre com ações contra os executivos que estavam nos cargos quando os problemas ocorreram, sendo os responsáveis pelos prejuízos empresariais. Isso devido a ser papel dos diretores e executivos evitar que processos de diligência e fraude ocorram.

Queda nas ações da empresa

Mesmo sem clareza sobre o atual cenário da empresa, é esperado que o mercado financeiro tenha uma ação reativa ao comunicado lançado. Desse modo, dentre as reações mais esperadas está a queda das ações da Americanas na Bolsa. As ações subiram 32% desde que Sergio Rial foi indicado a presidência da empresa, visto sua boa reputação no mercado.

Com a entrada de Rial na empresa, Miguel Gutierrez deixou o cargo que ocupava há mais de 20 anos na empresa. Em contrapartida, com a atual saída de Sergio Rial e de André Covre, o conselho administrativo da Americanas nomeou João Guerra para o cargo de presidente e diretor de Relações com Investidores.

Por fim, um dos motivos da decisão sobre o novo nome é de que o executivo não estava envolvido nas operações contábeis e financeiras da empresa anteriormente. Agora resta aguardar os próximos desdobramentos.




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