No último domingo, 8, o país parou para ver os atos antidemocráticos cometidos por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro que não aceitam o resultado da eleição presidencial. O grupo invadiu e depredou as sedes dos Três Poderes em Brasília, causando prejuízos irreparáveis.
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Além de móveis, vidraças, documentos e até vestimentas, os criminosos destruíram diversas obras de arte de valor histórico incalculável. O governo divulgou uma lista preliminar dos estragos, mas eles ainda estão sendo apurados com mais cautela.
A vandalização ocorreu nos prédios do Palácio do Planalto, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Congresso Nacional. Os detidos foram levados à Academia Nacional da Polícia Federal em mais de 50 ônibus escoltados pela Polícia Militar do Distrito Federal.
Obras de arte danificadas ou destruídas
Uma das obras mais importantes é a tela “As mulatas”, de Di Cavalcanti, avaliada em R$ 8 milhões, mas que pode valer muito mais devido a seu peso histórico e magnitude. O quadro fica no terceiro andar do Palácio do Planalto e agora está com sete rasgos.
Já a escultura “O Flautista”, de Bruno Giorgi, tem valor estimado em R$ 250 mil. A peça em bronze ficou em pedaços.
Também foi destruída a escultura de parede em madeira de Frans Krajcberg. Quebrada em diversos pontos, a peça está estimada em R$ 300 mil.
Outros prejuízos não avaliados
Confira algumas peças depredadas ou destruídas ainda não avaliadas:
- Pintura “Bandeira do Brasil”, de Jorge Eduardo;
- Mesa de trabalho de Juscelino Kubitscheck;
- Mesa-vitrine de Sérgio Rodrigues;
- Relógio de Balthazar Martinot, presente da Corte Francesa a Dom João VI;
Custo da reparação
O relatório preliminar divulgado pela Câmara dos Deputados detalha que o custo para reparação dos danos já ultrapassa os R$ 3 milhões, considerando apenas o Palácio da Câmara. O valor inclui apenas objetos que podem ser restaurados, como vidraças, mobília e computadores.
Durante o ato, os terroristas também depredaram viaturas da Polícia Legislativa cujos os consertos podem superar R$ 500 mil. A avaliação não inclui os prédios do STF e do Palácio do Planalto.