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Por que o governo Lula quer evitar a CPI sobre os atos golpistas de 8 de janeiro?

Governo tenta impedir a instalação da CPI que vai investigar os ataques golpistas às sedes dos Três Poderes, em Brasília.



O governo Lula quer impedir a criação da CPI que vai investigar os ataques golpistas às sedes dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro. A posição causa muita estranheza, apesar das justificativas dos novos integrantes do Executivo.

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As assinaturas de deputados e senadores já alcançaram o número mínimo necessário para a abertura do inquérito, mas o Palácio do Planalto tenta persuadir parlamentares a desistir do apoio.

Cargos de segundo e terceiro escalão estão sendo oferecidos em troca, assim como a liberação de emendas por meio do extinto “orçamento secreto”. Segundo informações de bastidores, as tentativas de barrar a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) são comandadas pelo ministro Alexandre Padilha, das Relações Institucionais.

Na última quarta-feira, 15, o presidente da Câmara, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), pediu que os senadores ratifiquem seu apoio ao pedido de criação da comissão. O prazo termina na sexta-feira, 17, sendo visto como uma estratégia para evitar a abertura das investigações.

Por que tanta resistência?

Segundo o governo, investigar o que aconteceu em 8 de janeiro vai tirar de foco a agenda positiva que vem tentando implementar nos próximos meses. O Palácio do Planalto afirma que o Ministério Público e a Polícia Federal já estão investigando e que a comissão só servirá para colocar holofotes sobre a oposição.

A postura é criticada por muitos, especialmente porque o governo Lula seria o principal prejudicado pelos ataques em Brasília, e por isso deveria ser o primeiro a apoiar o inquérito.

Para quem se opõe à nova gestão, o petista tem algo a esconder e sabe mais do que parece sobre os atos antidemocráticos. Para os aliados, ele quer apenas evitar prejuízos à tramitação de propostas de seu interesse, como a reforma tributária.

Ataque aos Três Poderes

No dia 8 de janeiro, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro atacaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília, por estarem descontentes com a vitória de Lula nas eleições presidenciais. Os criminosos destruíram móveis e obras de arte, quebraram vidraças, rasgaram documentos e até roubaram armas.

Após o ocorrido sem precedentes históricos, o petista determinou intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal até o dia 31 de janeiro. O ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, foi exonerado do cargo e teve um pedido de prisão solicitado pela Advocacia-geral da União (AGU).




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