O Imposto de Renda é uma tema que ganhou bastante destaque após a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Uma das promessas de campanha do petista é ampliar a faixa de isenção do tributo, ou seja, fazer com que menos gente tenha que pagá-lo todos os anos.
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Esse também foi um compromisso feito pelo ex-presidente Jair Bolsonaro durante seu mandato, mas ele nunca foi cumprido. Em meio ao cenário, a defasagem segue crescendo.
A Unafisco (Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal) calcula que a defasagem na tabela do IR chegou a 147,87% neste ano. Se ela fosse atualizada, o teto de isenção aumentaria para R$ 4.464,83.
Isenção do Imposto de Renda
Apesar do imposto seguir sem atualização desde 2015, alguns brasileiros ainda vão receber a isenção em 2023. O grupo é formado pelos contribuintes com renda mensal de até R$ 1.903,98. Para os demais, a cobrança é calculada com base nas seguintes alíquotas:
- De R$ 1.903,98 até R$ 2.826,65: alíquota de 7,5%;
- De R$ 2.826,66 até R$ 3.751,05: alíquota de 15%
- De R$ 3.751,06 até R$ 4.664,68: alíquota de 22,50%
- Acima de R$ 4.664,68: alíquota de 27,5%
De forma geral, o benefício se aplica a aposentados e assalariados que ganharam menos de R$ 28.559,70 em 2022; pessoas com rendimentos de aposentadoria, pensão ou reforma abaixo do limite citado; e cidadãos com doenças consideradas graves.
Aumento na faixa de isenção
Na última quarta-feira, 18, Lula afirmou que seu governo vai “mudar a lógica” do Imposto de Renda mesmo que precise “brigar” com empresários. A ideia é isentar da cobrança todos os contribuintes que ganham até R$ 5 mil.
“Uma mudança que quero fazer é no Imposto de Renda. Neste país, quem paga IR de verdade é quem tem holerite porque isso é descontado e não tem como não pagar. O pobre que ganha R$ 3 mil paga mais do que aquele que ganha R$ 100 mil. Quem ganha muito paga pouco porque recebe como dividendo“, afirmou
Apesar da declaração, o presidente reiterou uma fala do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que é preciso fazer uma reforma tributária para assegurar as mudanças necessárias.