Após a pandemia da Covid-19, o modelo de trabalho tradicional passou por diversas mudanças, loo está cada vez mais sendo revisado conforme as empresas buscam pelo aumento da produtividade e satisfação dos seus colaboradores. Entre as propostas testadas, está a semana de trabalho com quatro dias úteis.
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Com ela, os funcionários das empresas trabalham por 32 horas semanais em vez das 40 estabelecidas atualmente. O estudo tinha o intuito de verificar quais seriam as consequências de uma semana útil menor para as empresas e também para os colaboradores. A boa notícia é que o experimento prático acabou confirmando que a semana de apenas quatro dias úteis aumenta a produtividade e a satisfação de todos.
O teste foi realizado pela 4 Day Week Global, uma plataforma que auxilia as empresas que desejam passar por essa mudança e financia pesquisas sobre o futuro modelo de trabalho. O estudo realizado contou com a parceria de acadêmicos da Harvard Business School, da Universidade da Pensilvânia e da Universidade de Oxford.
Semana menor gerou um aumento no faturamento das empresas
O teste contou com 33 empresas participantes em seis países. Além da melhora na produtividade dos funcionários, eles também relataram um aumento na receita e uma melhoria na saúde e no bem-estar dos colaboradores.
Em relação ao faturamento, os dados são interessantes para os gestores que estão pensando em aplicar a mesma medida. Ao diminuir um dia de trabalho dos colaboradores, o faturamento das empresas aumentou em 8,14%, o que também diz respeito a quase 40% de aumento no crescimento de algumas organizações participantes durante o mesmo período de seis meses do ano anterior.
Além disso, também não houve grandes relatos em relação as desvantagens do novo modelo.
Das 27 empresas que responderam a pesquisa final, nenhuma delas tem o intuito de voltar com a semana de cinco dias. Ademais, quase todos os 495 funcionários envolvidos também desejam manter a semana menor, incluindo os colaboradores que ocupam cargos mais altos, como os gerentes e CEOs.
Medida também gera impactos positivos em outras áreas
Em relação ao meio ambiente, a semana com quatro dias úteis possibilita que os colaboradores passem uma hora a menos no trânsito. A socióloga ambiental da University College Dublin e responsável pela pesquisa, Orla Kelly, afirmou que a semana de trabalho mais curta também influenciou para que as pessoas fizessem escolhas mais conscientes em relação ao meio ambiente.
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Além do ambiental, a medida também gerou um impacto positivo em relação as questões de gênero. No geral, as mulheres são mais afetadas pela dupla jornada com tarefas no trabalho e em casa. Ao ter mais um dia livre em sua semana, elas conseguiram descansar mais e se dedicar a outras atividades que impactam diretamente o mercado, como começar novas atividades.
Por fim, a socióloga afirma que a semana mais curta também permite que as mulheres permaneçam no trabalho em tempo integral. Isso devido ao fato de elas terem mais tempo durante, o que acaba evitando os impactos negativos de uma possível dispensa em suas carreiras para que possam cuidar de outros afazeres.
