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Governo investe em microcasas e libera auxílio de até R$ 1,2 mil a quem abrigar sem-teto

Conjunto modelo está localizado no Canindé e tem casas modulares de de 18m² e abriga cerca de 160 pessoas.



O crescimento no número de pessoas em situação de rua em São Paulo levou a prefeitura a investir em uma opção de moradia diferente. A administração municipal está construindo casas modulares de 18m², e a previsão é que 2 mil unidades sejam entregues até o fim de 2023.

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O primeiro conjunto foi inaugurado em dezembro do ano passado e fica localizado no Canindé, zona norte da cidade. Também há planos de conceder um auxílio de R$ 600 a R$ 1,2 mil para quem abrigar pessoas em vulnerabilidade social.

Ambas as medidas fazem parte do programa Reencontro, voltado para a população de rua, cuja regulamentação deve ser publicada nos próximos dias. Dados da Prefeitura de São Paulo mostram que o volume de sem-teto na capital saltou de 31% entre 2019 e 2021, chegando a quase 31 mil pessoas.

As casas modulares foram criadas com o intuito de que as famílias fiquem lá por até dois anos. Elas são inspiradas em um conceito iniciado nos Estados Unidos, o Housing First, que prioriza a moradia como princípio de acesso a outros direitos sociais, como educação, saúde e trabalho.

Casa com dignidade

A Vila Reencontro do Canindé fica no antigo clube da Companhia Municipal de Transportes Coletivos (CMTC), próxima ao Shopping D. O projeto custou R$ 2,796 milhões e conta com 40 unidades para 160 pessoas, todas já ocupadas.

As pequenas casas são feitas com estruturas metálicas semelhantes a contêineres e contam com banheiro, pia e todos os móveis básicos, como cama, geladeira, fogão e guarda-roupas. Na entrada das unidades, há vasos de plantas.

A prioridade para ocupação são famílias de até quatro pessoas, com crianças, que estavam em situação de rua há menos de dois anos. O local conta com Wi-Fi e espaço para os pequenos brincarem.

Regras de convivência

Os moradores precisam respeitar algumas regras estabelecidas pela gestora do serviço, a Associação Voluntários para o Serviço Internacional (AVSI). Elas incluem chegar antes das 22h (salvo exceções médicas ou profissionais), apresentar carteirinha de identificação na portaria e não beber nem usar drogas.

Até o momento, ainda não é possível receber visitas, mas a prefeitura afirma que a regra é provisória e deve ser revista em futuras assembleias de moradores.

Auxílio de até R$ 1,2 mil

A segunda frente do projeto é o auxílio-reencontro, uma ajuda financeira destinada a pessoas dispostas a acolher o cidadão em situação de rua. O benefício é de R$ 600 por acolhido ou R$ 1,2 mil por família (casal ou pessoa com um ou mais filhos).

O foco são donos de pensões com vagas ociosas, de imóveis vazios e até pessoas que tenham um cômodo vago em sua casa. O pagamento terá duração de 24 meses. A lei segue em fase de regulamentação e novos detalhes devem ser divulgados em breve, após a aprovação do prefeito.




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