Apesar do embaixador da Argentina, Daniel Scioli, dizer que debateu com o ministro da Fazenda a criação de uma moeda única para no Mercosul, Fernando Haddad se mostrou irritado com uma pergunta sobre o tema. A um grupo de jornalistas na quinta-feira (5), o ministro se irritou e negou a informação.
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A resposta veio em entrevista durante a cerimônia de transmissão de cargo da ministra do Planejamento, Simone Tebet. “Não existe uma moeda única, não existe essa proposta, vai se informar primeiro”, disse Haddad a jornalistas, ao deixar o Palácio do Planalto.
Existiu ou não discussão para uma moeda única no Mercosul?
Apesar da fala ríspida de Haddad, ele e o embaixador da Argentina no Brasil, Daniel Scioli, tiveram agenda na última terça-feira (3), onde foi amplamente divulgado por Scioli a intenção de fortalecer e ampliar o vínculo entre os países da região.
À CNN, no dia, o embaixador disse que a ideia não é uma moeda como o euro, dos países-membros da União Europeia, mas algo que integre o bloco. “Sobre a moeda comum, nós trabalharemos. Não significa que cada país não tem sua moeda, significa uma unidade para integração e aumento do intercâmbio comercial em todo este bloco regional. E, como disse o presidente Lula, fortalecer o Mercosul, ampliar a união latino-americana, é muito importante’, disse.
A reunião também marcou a discussão sobre a integração energética e financeira dos dois países, além de um possível avanço comercial. “O Brasil é o parceiro número um da Argentina”, afirmou.