As discussões sobre o salário mínimo de 2023 são intensas e confusas. Após estipular e prometer o salário mínimo de R$ 1.320 e de, esta semana, estar discutindo com líderes sindicais um possível aumento do piso acima desse valor, a equipe econômica do governo Lula (PT) sinalizou que o valor deve mesmo ficar em R$ 1.302, como proposto pela gestão anterior ainda em dezembro.
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A confirmação do valor do piso nacional deve ser dada ainda esta semana, junto com a informação se os R$ 1.302 seguem valendo durante todo o ano ou se a população brasileira pode esperar algo diferente. Até agora, falava-se também de uma nova mudança no Dia do Trabalhador, 1º de maio.
A expectativa é que o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, faça um comunicado nesta quarta-feira (18) com todos os detalhes.
Por que o salário mínimo de R$ 1.320 não deve sair?
Logo nos primeiros dias após a posse, novos cálculos mostraram que, para o aumento chegar a 3% e trazer o valor de R$ 1.320, seria necessário entre R$ 7 bi e R$ 14 bilhões, muito além da quantia de pouco mais de R$ 6 bilhões conquistados no Orçamento de 2023 para o fato.
Com isso, análises indicaram que o número de beneficiários do INSS era maior que o previsto pela equipe de transição, o que aumentaria demais os custos.
Outras soluções foram estudadas, como trazer o segundo aumento, para R$ 1.320, apenas em maio ou mesmo aproveitar o pacote de medidas proposto pelo Ministro da Fazenda, Haddad, para subsidiar o valor anunciado anteriormente.
Aparentemente, venceu a proposta de manter o valor em R$ 1.302, proposto ainda na gestão Bolsonaro (PL) pelo então ministro da Economia, Paulo Guedes. O valor traz aumento real de quase 1,5%.
Junto com o anúncio do novo ministro, espera-se também a promessa de que um grupo de trabalho seja estabelecido para que o aumento real seja mantido em todos os anos futuros.