Motoboys autônomos estão organizando uma paralisação em pelo menos quatro estados brasileiros no dia 25 de janeiro. Segundo informações de Mônica Bergamo, colunista da Folha de S. Paulo, a mobilização é articulada pela recém-criada Aliança dos Entregadores de Aplicativos (AEA).
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Os trabalhadores devem se concentrar em centros comerciais, pontos de coleta e escritórios do iFood, um dos maiores aplicativos de entrega do país.
As principais reivindicações do grupo são melhores condições de trabalho e maior participação nas discussões do governo sobre regulação de aplicativos. Eles também defendem a criação de um fundo social de proteção à categoria.
A regulação trabalhista de motoristas e motoboys por aplicativos foi uma das propostas do presidente Lula durante a campanha eleitoral. Na visão do líderes do movimento, o governo precisa dialogar mais diretamente com os trabalhadores independentes, e não apenas com as centrais sindicais.
“As centrais querem regulamentar a categoria colocando regime CLT. Só que a categoria é fragmentada. Uma parcela prefere continuar com os aplicativos, desde que tenha uma regulamentação”, diz Jr. Freitas, um dos dirigentes da AEA.
Outras reivindicações
O movimento também quer o fim das entregas duplas e triplas, que ocorrem quando a rota do motoboy tem mais de um endereço de parada. Segundo Jr. Freitas, a remuneração não acompanha o valor cheio da entrega quando há mais de um destino.
Outra demanda é a volta do plano de bike para R$ 9,90 e a criação de apólice de seguro para os trabalhadores. Segundo um dos organizadores, a paralisação terá como mote “Parem de nos matar”, já que o modelo atual é uma “combinação letal”.