O que uma pessoa sente antes de morrer? Ciência explica o ‘quase-morte’

Pesquisa mostra o que é possível sentir na hora da morte de uma pessoa. Revelação pode interessar muita gente, mas botar medo em outras.



O maior mistério da vida (ou um deles, pelo menos) é a morte. Ironicamente ela é a principal certeza de todos os seres humanos até hoje. Todo mundo que nasceu um dia, um dia vai morrer e não há nada que possa ser feito sobre isso. No entanto, muito se especula sobre o que acontece nos momentos finais da vida.

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Existem, claro, muitas explicações religiosas e espirituais que abordam o tema da morte e até de uma possível continuidade de existência após o último batimento do coração. No entanto, para a ciência, interessa saber o que é possível de ser observado e provado.

Por isso, pesquisadores do mundo inteiro se debruçam sobre o assunto na tentativa de entender o que acontece com uma pessoa que está há poucos instantes de sua morte.

O que acontece na hora da morte?

Quando pensamos no funcionamento do cérebro, a morte significa que ele deixou de funcionar e não emite mais comandos para que o corpo desempenhe seu papel. A maneira com que isso acontece depende de cada tipo de situação.

Normalmente, quando uma pessoa morre por causas que não sejam neurais, ela sofre com uma lenta e progressiva parada dos órgãos. Até que o oxigênio deixa de circular corretamente e as células dos neurônios vão se desfazendo com o tempo.

É possível manter o corpo funcionando depois que o cérebro colapsa, mas apenas por meio de equipamentos. No entanto, a morte cerebral é definitiva para o atestado de óbito.

O que sentimos nos últimos momentos de vida?

Uma pesquisa publicada na revista Ressuscitation tentou entender o que uma pessoa sente antes de morrer. Para isso, foram entrevistadas 101 pessoas que sofreram parada cardíaca, mas que foram salvas pela medicina.

Os resultados mostraram que mais da metade simplesmente não se lembra de nada. Cerca de 40% dizem ter memórias ricas e viram plantas, pessoas ou sentiram um forte medo. Outros 9% tiveram experiência de “quase morte”.

Outro estudo publicado no veículo de mídia Frontiers in Aging Neuroscience, analisou imagens de um cérebro exatamente na hora da morte. Um paciente de 87 anos com epilepsia estava realizando um exame de rotina quando sofreu uma parada cardíaca no exato momento.

Foi constatado que 15 segundos antes e 15 segundos depois da morte, o paciente apresentou oscilações gama. Isso mostra um ritmo de funcionamento cerebral maior que o comum, com mais de 32 hertz de frequência.

Uma atividade semelhante acontece durante a fase do sono REM, em que o corpo se encontra relaxado e mente funciona a toda vapor. Ela é capaz de emitir uma forte onda que resgata memórias e até é capaz de gerar alucinações vívidas.

Inclusive, em mortes mais lentas, existe a possibilidade da liberação de neurotransmissores que podem gerar sensação de conforto, bem-estar e analgesia. Talvez seja um tipo de mecanismo capaz de amenizar o sofrimento de uma pessoa. Assustador!




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