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Adeus, trabalho formal? Informalidade já atinge 38,8 milhões de brasileiros

Nos três meses entre setembro e novembro de 2022, o trabalho informal tem sido a opção de muitos brasileiros em meio a crise do desemprego.



A informalidade atingiu um número nunca antes visto: 38,8 milhões de trabalhadores no Brasil entre setembro e novembro de 2022. O aumento no número de cidadãos nessa situação revela a dificuldade de encontrar um emprego formal no mercado de trabalho brasileiro.

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Os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que 25,5 milhões de informais trabalhavam por conta própria no período analisado. O volume representa quase dois terços do total de pessoas nessa categoria.

Segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre), 66,5% dos trabalhadores por conta própria não estavam nessa categoria antes. Outros 33,5% afirmaram fazer parte dela a mais tempo.

Desses, 57,1% eram trabalhadores com carteira assinada, 16,0% não tinham carteira assinada e 15,9% estavam desempregados. Outros 2,9% eram empregadores com CNPJ e 2,9% eram empregadores sem CNPJ. O restante se enquadrava em outras situações não detalhadas.

Trabalho por conta própria

Ainda conforme dados do levantamento, a maioria dos brasileiros começou a gerar renda de forma independente porque estavam desempregados e precisavam de rendimento. Essa foi a resposta de 32,1% dos entrevistados. Confira outras respostas:

  • Queriam independência: 22,9%
  • Buscavam flexibilidade de horário: 13,6%
  • Precisavam de uma fonte de renda extra: 12,3%
  • Tinham dinheiro e surgiu a oportunidade de começar um negócio próprio: 8,0%;
  • Estavam com dificuldade em emprego com salário bom: 7,2%;
  • Outros motivos: 3,9%.

Medos dos trabalhadores

A pesquisa também investigou qual maior temor dos entrevistados e de suas famílias no prazo de três anos. A pergunta foi feita a todos, e não apenas aos empregados por conta própria.

O medo de 58,9% deles é ficar doente ou incapacitado, enquanto 47,4% temem enfrentar dificuldade para cobrir todas as despesas. Outros fatores mencionados foram: perder o emprego e/ou principal fonte de renda; crime ou violência; dificuldade em garantir cuidado para familiares dependentes; e dificuldade em ter creches ou escolas de boa qualidade para os filhos.




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