Todas as idades “cheias”, terminadas com zero, depois dos 20 anos, recebem o prefixo de “crise”. Ou seja, temos a crise dos 30, a crise dos 40 e até a crise dos 50. No entanto, pode-se dizer que para muitas pessoas a vida fica mais difícil entre os 30 e 40 anos. Pelo menos é isso o que algumas pesquisas indicam, conforme aponta o site especializado Psychology Today.
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Por que a vida é mais difícil entre os 30 e 40 anos?
Primeiramente, é preciso deixar claro que a vida pode ser bem difícil para pessoas de qualquer idade. No entanto, é recorrente que aqueles que estão na casa dos 30 e 40 anos costumam reclamar mais das eventuais dificuldades que aparecem.
Para especialistas em psicologia, normalmente o período citado costuma ser mais difícil para um grupo específico de pessoas. Segundo as informações, pessoas que viveram traumas no passado podem se deparar com dificuldades acima da média. Isso porque o momento representa o corte total com as raízes e a emancipação sem retorno para a vida adulta.
O que acontece, de acordo com as informações do site citado, é que os traumas do passado podem causar rachaduras na personalidade. No entanto, essas rachaduras tendem a se intensificar e construir um futuro não tão sólido.
Traumas precisam ser resolvidos
Veja quais são os fatores comuns que costumam deixar a vida mais difícil entre os 30 e 40 anos de idade:
Crenças desadaptativas sobre você, os outros e o mundo ao seu redor
Por exemplo: “Estou muito quebrado para ser amado, ninguém nunca vai me amar.” Ou, “Ninguém é confiável; todo mundo sempre me abandona” ou “O mundo quer me pegar. Eu tenho que estar em guarda”.
Comportamentos desadaptativos para lidar com sentimentos intoleráveis
Por exemplo: desenvolver um distúrbio alimentar, envolver-se em comportamentos sexuais de risco, tornar-se obsessivo com o trabalho ou usar substâncias para entorpecer.
Desafios com regulação emocional e habilidades de expressão emocional apropriadas
Por exemplo: sentir-se facilmente desencadeado com frequência, experimentar uma raiva explosiva, sentir uma falta total de sentimentos e ser incapaz/relutante em compartilhar suas emoções com os outros.
Feridas de apego
Por exemplo: desenvolver um estilo de apego evasivo, ansioso ou desorganizado (em oposição ao seguro) em resposta às experiências relacionais não seguras sofridas.
Todos esses fatores precisam ser trabalhados para que a vida não fique mais difícil com o passar do tempo.
Lembre-se de procurar o diagnóstico e o amparo de um especialista para lidar com o problema.
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