Setor de tecnologia em crise? Afinal, por que tantas demissões recentes?

Amazon, Meta, Snapchat, Twitter e outras grandes empresas do setor de tecnologia anunciaram demissões em massa desde o final do ano passado.



Um dos maiores comércios eletrônicos do planeta chocou o mundo recentemente ao anunciar um corte em massa de funcionários. A Amazon demitiu 18 mil trabalhadores na última semana, dia 5 de janeiro. O número é 80% maior do que o esperado. As vagas cortadas estavam diretamente ligadas ao grupo de recursos humanos da empresa. O pior é que essa crise no setor de tecnologia parece não ter um fim rápido.

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“Revisar nosso planejamento anual tem sido mais difícil este ano devido à incerteza econômica e ao fato de que contratamos massivamente nos últimos anos”, disse Andy Jassy, ​​executivo-chefe da Amazon. A crise de desempregos no setor da tecnologia parece ter afetado não apenas a Amazon, mas várias outras grandes empresas.

Por que o setor da tecnologia está com muitas demissões?

O anúncio de demissões da Amazon ocorreu depois que a empresa contratou inúmeros funcionários desde 2020. Isso porque a pandemia de coronavírus forçou as pessoas a migrarem quase todos os serviços para a área digital, ocasionando um “bum” no setor de tecnologia mundial.

A Amazon tinha 1,54 milhão de funcionários em todo o mundo no final de setembro de 2022. Isso sem incluir trabalhadores temporários contratados durante os períodos de pico, principalmente durante as festas de fim de ano.

“Essas mudanças nos ajudarão a buscar nossas oportunidades de longo prazo com uma estrutura de custos mais forte (…) Empresas que duram muito tempo passam por diferentes fases. Elas não estão em modo de expansão massiva de quadro de funcionários todos os anos”, acrescentou Jassy.

Meta perdeu 11 mil empregos

A empresa Meta, detentora do Facebook, Instagram e WhatsApp também mandou 11 mil trabalhadores para a rua. O número corresponde a 13% do total de efetivo. O Snapchat também demitiu 1.200 funcionários e o Twiiter de Elon Musk mandou 7.500 para o olho da rua.

“A economia em geral continua a criar empregos, embora os empregadores pareçam estar planejando ativamente uma recessão. As contratações diminuíram à medida que as empresas adotam uma abordagem cautelosa em 2023”, disse Andrew Challenger, vice-presidente sênior da Challenger, Gray & Christmas, Inc.

De acordo com o relatório sobre cortes de empregos da Challenger, Gray & Christmas, Inc, o ritmo de demissões esperado em dezembro ficou bem acima dos 19.052 cortes anunciados em dezembro de 2021. Para todo o ano de 2023, são esperadas 363.824 demissões, 13% a mais do que em 2021.




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