Quem tem um carro flex está sempre com uma pergunta na cabeça: vale mais a pena escolher gasolina ou etanol? A resposta sempre varia de acordo com os preços dos combustíveis naquele momento, mas no último mês parece que a gasolina levou a melhor.
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Uma pesquisa da Veloe em parceria com a Fipe mostrou que abastecer com etanol está custando mais caro no país. O Indicador Custo-Benefício Flex compara o preço e o rendimento de cada produto para estabelecer a relação custo-benefício.
Em janeiro, o valor médio pago pelo litro do biocombustível correspondia a 81,6% do preço do derivado de petróleo, patamar mais alto registrado desde dezembro de 2021 (81,1%). Nas capitais, a equivalência chegou a 80,8%, nível mais elevado em mais de um ano.
A Fipe considera o etanol mais vantajoso quando a diferença é inferior a 75%. Entre 65% e 75%, a escolha é indiferente, e acima de 75% a gasolina vale mais a pena. Os dados são baseados em levantamentos feitos pelas fontes IBGE, ANP, Veloe e Fipe.
Volta dos impostos
A União Nacional de Biotecnologia estima que o corte de impostos federais e a redução do ICMS levou a uma queda de 19% no preço da gasolina e de 13% no valor do etanol. Isso indica que o primeiro combustível é mais vantajoso, mesmo tendo maior tributação.
O fim da isenção de tributos sobre os combustíveis deve ocorrer em breve, já que a medida gera uma perda bilionária na arrecadação dos cofres públicos.
Impacto no orçamento das famílias
O Panorama Veloe de Indicadores de Mobilidade também mensura o impacto dos combustíveis na renda das famílias brasileiras. Considerando o último trimestre de 2022, os cidadãos gastaram 6,8% de sua renda média domiciliar nacional para abastecer o carro com 55 litros de gasolina.
Apesar de alto, o percentual teve queda de 2,5 pontos percentuais em relação ao trimestre imediatamente anterior, quando alcançou o recorde de 9,3%.