O La Niña é um fenômeno que estava ativo desde 2020 no oceano Pacífico Equatorial, promovendo mudanças no clima de todo o planeta, visto que a ocorrência afetou o clima global por três anos. Agora, esta influência se encerra e, com ela, podem ocorrer mudanças bruscas no clima brasileiro.
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Na prática, os indicadores oceânicos como, por exemplo, as temperaturas na superfície do mar, já estão atingindo padrões neutros, ilustrando o enfraquecimento do La Niña. A circulação atmosférica ainda permanece por mais algum tempo, o que pode influenciar no clima do nosso país durante a estação vigente: o verão.
Mudanças com o fim do La Niña
Alguns desses efeitos passam justamente por secas mais severas no sul do país, assim como chuvas mais intensas no Norte e Nordeste. Essas ações já vêm ocorrendo há meses. O que se espera é que as mudanças atmosféricas demorem cerca de três meses para ocorrer. Dessa forma, é provável que os efeitos do La Niña ainda reflitam em território nacional até o fim do verão e, depois, enfraqueçam gradativamente até desaparecer.
Diante deste cenário, alterações devem ocorrer até o fim do ano. Muito provavelmente, o Brasil estará sob influência do El Niño no início do no próximo verão. Confira as principais mudanças no clima:
- Sul: chuvas intensas e frequentes, além de um aumento das temperaturas;
- Sudeste: aumento das temperaturas médias;
- Centro-Oeste: sem efeitos muito pronunciados, chuvas e temperaturas acima da média no sul do Mato Grosso do Sul;
- Nordeste: diminuição brusca das chuvas e secas severas;
- Norte: menos chuvas, secas severas, aumento de incêndios florestais.
El Niño e La Niña
Eles são dois lados opostos do mesmo fenômeno que ocorre no oceano Pacífico Equatorial. Na prática, quando essa região está mais quente que a média histórica, ocorre o El Niño. Da mesma forma, quando está fria, é o La Niña.
Essas mudanças na temperatura superficial do oceano Pacífico promove mudanças para todo o planeta. Em suma, elas trazem alterações na temperatura e no volume de chuvas ao redor do globo. Por fim, os fenômenos influenciam diretamente os setores como agricultura e de geração de energia.