Americanas começa a demitir funcionários após pedido de recuperação judicial

Corte no quadro de pessoal começou na sede da companhia, localizada no Rio de Janeiro. Confira mais detalhes.



A Americanas começou a demitir funcionários, medida esperada pelo mercado após uma das maiores varejistas do país entrar em processo de recuperação judicial. Segundo informações da Folha de S. Paulo, os cortes começaram na sede da empresa, no Rio de Janeiro.

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De acordo com a reportagem, as primeiras demissões devem atingir os funcionários indiretos, aqueles terceirizados, embora também envolva trabalhadores contratados em regime CLT. A segunda etapa pode se concentrar em São Paulo, onde está localizado o maior número de unidades da companhia.

A apuração também revelou que locais onde ela tem menos lojas, como em Porto Alegre (RS), funcionários com menos de um ano de contratação já começaram a ser dispensados. Em todo Brasil, a Americanas tem cerca de 45 mil empregados e 60 mil indiretos.

Questionada sobre as demissões, a varejista afirmou que “apenas interrompeu alguns contratos de empresas fornecedoras de serviços terceirizados”.

Recuperação judicial e demissões

No início de janeiro, a Americanas divulgou fato relevante ao mercado informando ter encontrado R$ 20 bilhões em “inconsistências contábeis”. O rombo, que chegou a R$ 42 bilhões após apuração mais profunda, levou a empresa a entrar com pedido de recuperação judicial.

No documento apresentado para evitar a falência, a companhia não incluiu os funcionários, o que dificulta o corte do quadro de pessoal. Isso significa que a verba rescisória devida aos demitidos não pode ser incluída na recuperação judicial e precisará ser paga normalmente, no prazo de até dez dias.

Se a companhia não pagar os ex-funcionários no prazo correto, eles podem procurar a Justiça.

Já os valores devidos a trabalhadores demitidos antes do pedido de recuperação judicial entram integralmente no plano, podendo ser pagos em um prazo maior e sofrer descontos. Segundo a advogada Marcelly Farias, do Kincaid Mendes Vianna Advogados, esse prazo é de 12 meses, prorrogável por mais dois anos.




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