Mais uma polêmica envolvendo o cantor Victor Chaves, da antiga dupla Victor & Leo, vem à tona. O cantor e a empresa Vida Boa Show e Eventos foram condenados a indenizar em R$ 21 mil um vendedor ambulante. O trabalhador foi humilhado durante um show em Sarzedo em 2012, região metropolitana de Belo Horizonte.
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De acordo com a sentença, o caso ocorreu em 17 de maio de 2012, enquanto a dupla se apresentava em um rodeio que acontecia na cidade. Na situação, o ambulante que trabalhava embaixo de um guarda-sol foi obrigado a se retirar do ponto de vendas por seguranças enviados por Victor, que xingava o cidadão.
Após se recusar a deixar o seu ponto, o vendedor disse que a dupla parou “abruptamente o show”. Victor se dirigiu a ele, ordenando que o mesmo fosse embora, visto que estava atrapalhando a visibilidade do público.
Mesmo com o pedido, o vendedor se recusou a sair, logo seguiu sendo humilhado publicamente pelo cantor, que o chamou de “débil mental”, “sem cérebro”, “ignorante” e “negão”. Os xingamentos estão no texto do processo.
Defesa afirma que pedido de Victor foi feito gentilmente
Após o fim do show, o ambulante foi chamado ao camarim da dupla e teria recebido R$ 3 mil de Leo. O valor teria sido pago pelo dano às mercadorias. A quantia foi entregue ao promotor do evento e ao dono das bebidas, para quem o ambulante prestava serviço.
O ambulante afirma que recebeu apenas R$ 450 como comissão pela venda de bebidas no show. E pior: a sua humilhação foi ainda maior visto que o episódio foi filmado e postado nas redes sociais.
De acordo com a defesa de Victor, a situação aconteceu de forma diferente da relatada.
Os advogados afirmam que não houve constrangimento, visto que o pedido para se retirar foi feito com gentileza por Victor. Em relação à quantia ofertada por Leo, o valor foi oferecido educadamente para cobrir as vendas que o ambulante faria naquela noite de trabalho.
Artista perguntou se vendedor tinha cérebro
Após o vídeo ser analisado na Justiça pelo juiz André Luiz Pimenta da a 2ª Vara Cível da Comarca de Ibirité, a conclusão foi de que o cantor “em determinado momento, efetivamente se excedeu no ‘diálogo’ que manteve com o autor durante o show”. Victor chama o vendedor de mal educado e manda que ele apague a gravação.
Também disse que a dupla tinha vinte anos de carreira e que não fica de “oba-oba não, negão”. Além disso, o cantor também perguntou se o trabalhador tinha cérebro.
A defesa de Victor tem até 10 de fevereiro para entrar com recurso da decisão.
