Estudantes de todo o país receberam do governo a boa notícia de que o valor das bolsas de pós-graduação será reajustado a partir de março. O anúncio será feito ainda nesta quinta-feira, 16, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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Também no próximo mês, o Ministério da Fazenda quer apresentar um novo conjunto de regras fiscais para o país. Outro evento importante previsto para março é o retorno do Bolsa Família, programa substituído pelo Auxílio Brasil durante o governo Bolsonaro.
Nos assuntos em destaque, veja também que a Americanas se reúne hoje com bancos credores para buscar um acordo em meio ao processo de recuperação judicial. Confira mais detalhes a seguir.
Novo valor das bolsas de pós-graduação
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciará nesta quinta-feira, 16, um reajuste médio de 40% das bolsas de pós-graduação, segundo informações do Estadão. Os valores estão congelados há dez anos, desde 2013.
A mudança terá validade a partir de março e será diferente para cada categoria. A bolsa de iniciação científica para o ensino médio, hoje de R$ 100, deve mais que dobrar. Já os apoios a mestrado e doutorado serão corrigidos em 40%.
As bolsas de pós-graduação atualmente pagam R$ 1,5 mil (mestrado) e R$ 2,2 mil para doutorado, mas devem passar para R$ 2,1 mil e R$ 3,3 mil, nessa ordem. Já a bolsa de pós-doutorado deve subir de R$ 4,2 mil para cerca de R$ 5 mil.
Também está previsto reajuste acima de 40% para o auxílio de formação de professores. Não há previsão de correção nos apoios financeiros a médicos residentes, já que eles que tiveram aumento no ano passado.
Novo Bolsa Família
O governo federal vai lançar em março um “novo Bolsa Família“, conforme antecipado pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, mais cedo nesta semana.
“Na semana que vem, vamos anunciar um novo Bolsa Família de R$ 600 e mais R$ 150 por cada criança até seis anos de idade, para que a gente possa na infância, em que a criança mais precisa estar nutrida, a gente garantir que a mãe possa comprar alimento para essas crianças”, disse o presidente Lula.
Segundo o presidente, a ampliação dos gastos foi possível com a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) de Transição, ainda no fim do ano passado. Lula também agradeceu aos parlamentares que votaram a favor do texto.
“A aprovação da PEC é a razão pela qual eu estou aqui hoje dizendo pra vocês: o Brasil voltou a funcionar, o Brasil voltou a trabalhar. É importante saber que todos os deputados – e eu vou precisar de todos para que a gente possa fazer as mudanças que nós temos que fazer no país”, completou.
Americanas se reúne com bancos
A Americanas anunciou em comunicado que marcou reuniões “de trabalho” com bancos e credores financeiros para esta quinta-feira. A empresa, que está em recuperação judicial, afirmou que seu objetivo é “avançar no desenho de um acordo”.
Os encontros serão promovidos pela Rothschild & Co, companhia de serviços financeiros contratada “especificamente para mediar as negociações com credores financeiros”.
A varejista, que tem como principais acionistas os bilionários Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles, revelou em janeiro “inconsistências contábeis” de R$ 20 bilhões. Atualmente, o rombo já ultrapassa R$ 40 bilhões.
Haddad promete arcabouço fiscal para março
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que planeja apresentar o novo arcabouço fiscal do país em março. A princípio, o conjunto de regras fiscais seria divulgado no fim do primeiro semestre, mas o prazo para seu envio ao Congresso termina em agosto.
“Nós vamos em março, provavelmente, anunciar o que nós entendemos que seja a regra fiscal adequada para o país. O Congresso estabeleceu agosto, tínhamos puxado para abril por causa da LDO, mas a Simone ponderou, com razão, e Alckmin também, que para mandar pro Congresso junto com a LDO era bom a gente ter um período de discussão, porque não tenho a pretensão de ser o dono da verdade”, antecipou o ministro.
Haddad voltou a afirmar que o teto de gastos, que chamou de “metas irrealistas”, será substituído. Segundo ele, sua equipe tem estudado “regras fiscais do mundo inteiro” e “documentos de todos os organismos internacionais” para desenhar o novo arcabouço.
“Tem que ser demandante, rigoroso, exigente, mas um ser humano tem que conseguir fazer aquilo. Quando começa a projetar cenários irrealistas, vai perdendo credibilidade e interlocução, as pessoas não vão mais acreditar nisso”, completou.