A Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) confirmou o resultado positivo de um teste da doença “vaca louca”, encefalopatia espongiforme bovina (EEB), em um animal encontrado morto no estado. De acordo com a agência, o caso aconteceu em uma propriedade com 160 cabeças de gado. “A propriedade foi inspecionada e interditada preventivamente”, afirmou a Adepará em nota divulgada à imprensa.
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Além disso, a agência ainda destacou que os sintomas indicam se tratar de um caso de forma atípica. Ou seja, que surge de forma espontânea e natural no animal. Neste caso, não haveria chances de disseminação da doença no rebanho e nem no ser humano.
“Para confirmar esta situação de isolamento e controle, amostras foram enviadas para laboratório no Canadá para tipificação do agente, se (se trata da forma) clássica ou atípica (da doença)”, concluiu a Adepará.
Doença pode prejudicar venda internacional
A suspeita sobre a doença no animal surgiu na última segunda-feira (20), quando o Ministério da Agricultura foi avisado sobre a existência do caso. Dessa forma, o material do animal foi enviado para análise laboratorial para confirmação.
Por se tratar de um animal de oito a nove anos, as suspeitas de um caso atípico são maiores, visto que a EEB se manifesta naturalmente em animais mais velhos.
O grande receio dos órgãos e dos produtores com a confirmação da doença no animal é devido a exportação de carne bovina. Em 2021, quando os últimos casos da doença foram registrados no Brasil, a China interrompeu imediatamente sua compra de carne brasileira, mesmo se tratando de casos atípicos. Vale ressaltar que o país asiático é a maior compradora do produto brasileiro.
No final dos anos 90, um surto de casos de doença da vaca louca foi registrado na Grã-Bretanha, o que provocou a suspensão do consumo de carne bovina por diversos meses no país. Durante o surto, a doença foi transmitida aos humanos, pois as pessoas comeram da carne de bois que foram contaminados por meio da ração.