O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar a independência do Banco Central, a taxa de juros e as metas de inflação. Na última quinta-feira, 2, o petista sinalizou que pode rever a autonomia da autarquia após o fim do mandato do presidente da instituição, Roberto Campos Neto.
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“Quero saber do que serviu a independência. Eu vou esperar esse cidadão terminar o mandato dele para a gente fazer uma avaliação do que significou o banco central independente”, afirmou entrevista à RedeTV!
Sobre a manutenção da autonomia, Lula afirmou que “isso é irrelevante” para ele e que o que está em sua pauta “é a questão da taxa de juro”.
A independência do Banco Central foi sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro em fevereiro de 2021. Os governos que tomam posse precisam conviver com autoridades indicadas pela gestão anterior, já que os mandatos de quatro anos do presidente e dos diretores da autarquia não coincide com os da presidência da República.
De quem é a culpa?
Há quem acredite que Lula está transferindo para o BC uma responsabilidade que é dos próprios governantes, já que a inflação herdada por ele não é “culpa” da instituição. Para analistas, o petista precisa considerar os efeitos que o gasto público excessivo pode causar.
Especialistas temem que as declarações do presidente possam alterar a percepção de risco sobre o Brasil.
