Lula tem nova proposta para isentar contribuintes do Imposto de Renda

Tabela do Imposto de Renda não é reajustada desde 2015, ampliando a obrigação para cada vez mais contribuintes.



A questão do Imposto de Renda é uma das principais preocupações para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e sua equipe neste início de governo. O petista herdou um grande problema que vem se acumulado desde 2015: a falta de atualização da tabela de cobrança do tributo.

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Como o salário mínimo é reajustado todos os anos e a tabela não, cada vez mais trabalhadores precisam pagar o imposto a cada ano. Em 2023, todo mundo que recebe pouco mais de 1,5 salário mínimo terá que prestar contas com o Leão.

Durante sua campanha eleitoral, Lula prometeu elevar o teto de isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil por mês, o que ampliaria em milhões o número de beneficiados. Contudo, o governo enfrentaria um grande problema na arrecadação em meio a um cenário fiscal que já está bastante complicado.

Economistas calculam que aumentar a faixa de isenção para até R$ 5 mil custaria entre R$ 100 bilhões e R$ 200 bilhões para os cofres públicos.

Tabela do IR

A alíquota de cobrança começa em 7% e chega a 27,5%, dependendo da faixa de renda do contribuinte. Confira os valores atuais:

  • Rendimentos de R$ 1.903,99 até R$ 2.826,65 – alíquota de 7,5%;
  • Rendimentos de R$ 2.826,66 até R$ 3.751,05 – alíquota de 15%;
  • Rendimentos de 3.751,06 até R$ 4.664,68 – alíquota de 22,5%;
  • Rendimentos acima de R$ 4.664,68 – alíquota de 27,5%.

Qual a nova proposta?

Para preservar as contas públicas e ainda assim tornar o Imposto de Renda mais justo para a população, Lula quer aumentar a faixa de isenção de forma gradativa ao longo dos próximos anos. Assim, neste ano, ficaram livres de pagar o Imposto de Renda aqueles que ganham até R$ 2.640.

Atualmente, o teto da isenção é R$ 1.903,98, mesmo valor estabelecido em 2015 pelo governo de Dilma Rousseff. Além da faixa debaixo, a falta de atualização a tabela também faz com que milhões de brasileiros paguem alíquotas maiores todos os anos.




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