O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, afirmou na quinta-feira (9) que o pente-fino do CadÚnico (Cadastro Único) encontrou mais inscrições com problemas do que o mapeado durante a transição do governo.
Leia também: Bolsa Família paga R$ 710 a partir do próximo dia 13; saiba quem recebe
Isso porque, das 10 milhões de inscrição sob análise, cerca de um quarto, ou 2,5 milhões, apresentaram algum tipo de irregularidade no cadastro, que é porta de entrada para o Bolsa Família.
Segundo o ministro, esses casos são recorrentes, na sua maioria, da concessão irregular de benefícios a famílias que constam no cadastro como divididas, apesar de serem uma só, na tentativa de engordar o valor do benefício.
“Eu quero ser muito cuidadoso porque estamos lidando com seres humanos, pessoas que foram estimuladas a essa situação (de fracionamento familiar). Temos um foco de mais ou menos de 10 milhões de beneficiários que estão na linha da avaliação de revisão de cadastro. Acreditamos que mais ou menos 2,5 milhões têm grandes indícios de irregularidade”, explicou.
O que deve acontecer após o pente-fino do CadÚnico?
Segundo o ministro, um esquema especial deve ser articulado para a retirada desses beneficiários irregulares. Um modelo de saída do programa ainda não está definido pelo governo, no entanto.
Queremos fazer a retirada com muita segurança. Inclusive, haverá uma forma de transição para alguns casos ― disse, citando, por exemplo, pais separados que se identificam como responsáveis por parte dos filhos.
A análise deve ser finalizada ainda neste mês de fevereiro e apresentada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O novo Bolsa Família deve ser iniciado em março, conforme o planejamento divulgado anteriormente.