Marburg: OMS confirma surto de vírus mortal; veja o que se sabe até agora

Altamente infecciosa, doença se assemelha ao Ebola e não possui vacina ou tratamento aprovado. Entenda o alerta da Organização Mundial de Saúde.



Autoridades de saúde da Guiné Equatorial confirmaram, na última segunda-feira, 13, o primeiro surto do vírus de Marburg, em decorrência da morte de nove pessoas. No dia seguinte, uma reunião de urgência foi convocada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), para tratar do assunto.

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Autoridades e especialistas trabalham arduamente para combater a doença, que é altamente infecciosa e semelhante ao Ebola, para a qual não há vacina ou tratamento aprovado. Veja mais informações sobre o vírus ao longo do texto.

Além das nove mortes relatadas, as autoridades também informaram que há 16 casos suspeitos, desses, 14 são assintomáticos e dois têm sintomas leves. Ainda, 21 pessoas tiveram contato com as pessoas mortas, e por isso estão sob vigilância e isoladas. Outras 4.325 pessoas estão em casa cumprindo quarentena.

Segundo o Ministro da Saúde da Guiné Equatorial, Ondo’o Ayekaba, as mortes aconteceram entre os dias 7 de janeiro e 7 de fevereiro, em uma região rural de floresta densa, próximo a fronteira entre Gabão e Camarões.

Guiné Equatorial receberá ajuda da OMS

Amostras foram enviadas para Senegal, para realização de análise que confirmou o vírus. O Ministro afirma que detectou uma “situação epidemiológica atípica” depois que as pessoas apresentaram sintomas como febre, fraqueza, vômitos e diarreia com sangue e morrerem.

Por conta da resposta rápida de confirmação da presença do vírus no país, será possível conter a doença de maneira mais ágil e assim, salvar vidas, conforme explicou a diretora regional da OMS para África do Sul, Matshidiso Moeti.

A OMS ainda ressaltou que a Guiné Equatorial receberá ajuda para combater a doença, ao enviar profissionais e equipamentos de proteção.

Fatos principais sobre o vírus de Marburg

Segundo a OMS, o vírus é considerado um dos mais perigosos do mundo, com taxa de mortalidade dos infectados de até 88%, a depender da variante do vírus e dos cuidados de saúde recebidos pelo paciente.

Transmitido por morcegos frugívoros africanos às pessoas, ele se espalha por meio do contato de fluidos corporais de pessoas infectadas ou por superfícies e materiais, como roupa de cama, causando febre hemorrágica.

A doença começa de forma repentina, acompanhado do seguintes sintomas: febre alta, dores musculares, sangramento, fortes dores de cabeça, diarreia e vômitos com sangue.

Não é a primeira vez a que região africana sofre com o surto de vírus. Em 2004, 90% das 252 pessoas infectadas morreram em Angola. Já no ano passado, Gana relatou duas mortes causadas pelo vírus. Guiné-Conacri, República Democrática do Congo, Quênia, África do Sul e Uganda também apresentaram eventuais surtos.

Ainda não há vacina para o vírus de Marburg

A OMS ainda declarou que não existem tratamentos antivirais ou vacinas comprovadas para tratar o vírus, mas que os especialistas estão empenhados em buscar tratamentos potenciais, como terapias imunológicas, medicamentosas e vacinas.

No momento, a organização recomenda que as pessoas bebam muita água e busque tratar dos sintomas específicos, pois isso ajuda a aumentar as chances de sobrevivência do paciente.




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