ONGs se juntam e pedem o fim da venda de animais pela OLX e Mercado Livre

As instituições de defesa animal alegam que os e-commerces não possuem fiscalização, o que possibilita que os animais sejam vítimas de maus-tratos



Caracterizados como parceiros e brincalhões, os animais são a alegria de muitas famílias. Adotar um bichinho de estimação é um ato que vem crescendo de maneira exponencial na casa dos brasileiros.

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No entanto, o processo de compra desses animais está gerando uma questão que está preocupando instituições de defesa animal. As organizações não governamentais (ONGs) pedem pela proibição da venda de animais nas plataformas digitais Mercado Livre e OLX.

A ação ponderada na última quarta-feira, 15, na Justiça de São Paulo, busca proibir que as plataformas de e-commerce mencionadas vendam animais. As instituições apontam que não existe fiscalização, o que permite que os pets sofram abusos e maus-tratos.

As ONGs Associação Filantrópica Os Animais Importam, Agência de Notícia de Direitos Animais (Anda), Ampara Animal, Fórum Nacional Proteção e Defesa Animal, Sinergia Animal e S.O.S. Animais e Plantas assinaram o documento. Outro pedido feito é a retirada urgente dos anúncios, até o julgamento do caso.

ONGs alegam que não há fiscalização de compra de animais nessas plataformas

As instituições informam que as plataformas reúnem aproximadamente 330 mil anúncios de animais, além de vender pássaros, cavalos e animais silvestres. Eles afirmam que o modelo de venda de e-commerce não assegura o bem-estar dos animais, devido a falta de controle e fiscalização.

Para a diretora jurídica do Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal, Ana Paula de Vasconcelos, as plataformas vê os pets como objetos. De acordo com ela, proibir a venda é uma medida essencial para construir uma sociedade justa e solidária para todas as formas de vida.

Na opinião das ONGs, de forma involuntária, as plataformas permitem a criação sem ética de animais, além dos maus-tratos. Situações como reprodução forçada, falta de higiene, alimentação imprópria, ausência de cuidados veterinários, entre outros, podem estar acontecendo.

Eles ainda destacam que outras plataformas maiores da internet já baniram há anos a prática de comercialização de animais.

Qual é o posicionamento das e-commerces?

Em nota enviada ao jornal Metrópoles, a OLX conta que não recebeu, de forma oficial, a notificação. No entanto, a empresa pretende prestar, em breve, esclarecimentos primordiais ao Judiciário.

Já a empresa Mercado Livre afirma repudiar a realização de maus-tratos e violência contra animais e que, levando em consideração as denúncias, está trabalhando para resolver a situação.

Foto: Firn/Shutterstock




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