Cientistas chegaram a uma conclusão que, para muitos, sempre foi bastante óbvia: ser rico não está ligado ao nível de inteligência das pessoas. A pesquisa ocorreu pelo Instituto de Sociologia da Universidade de Leipzig, na Alemanha. Na verdade, de acordo com os resultados, as pessoas que detêm fortunas imensas costumam ter nível intelectual levemente menos do que o de um assalariado “comum”.
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Ser rico não tem nada a ver com ser inteligente
O sonho de muitas pessoas na vida é ser rico e deixar as dificuldades financeiras no passado. Para isso, muitos “mentores” dizem que o estudo e a inteligência são diferenciais importantes. No entanto, a realidade pode ser um pouco diferente, conforme a publicação da revista científica European Sociological Review.
“A capacidade cognitiva é mais relevante para algumas ocupações do que para outras, e a academia, para a qual é indiscutivelmente mais relevante, não é o campo profissional mais bem pago nem o de maior prestígio”, disseram os autores do estudo.
A análise que avaliou a condição de “ser rico” relacionada à inteligência humana, não pode ser aplicada de forma geral. Isso porque, conforme os próprios autores, o estudo analisou apenas homens com idades na casa dos 40 anos, em média. Todos eles nasceram e moravam na Suécia, sem levar em conta imigrantes e mulheres.
Mais do que isso, o estudo levou em conta pessoas “super ricas”, ou seja, aquelas que na esmagadora maioria são herdeiras de grandes fortunas ou que sequer precisam trabalhar para continuarem milionárias.
Como foi realizada a análise
A pesquisa que determinou a relevância na comparação entre ser rico e ser inteligente, levou em conta o histórico de quase 60 mil homens que passaram pelos testes do serviço obrigatório de alistamento militar.
Todos os suecos natos com idades entre 18 e 19 anos precisam fazer o alistamento e passar por exames físicos, psicológicos e cognitivos. Os dados analisados saíram exatamente desse tipo de exame.
“Surpreendentemente, descobrimos que a relação entre capacidade e salário é forte em geral”, afirmam os pesquisadores. Contudo, quando o salário mensal da pessoa ultrapassa o equivalente a R$ 334 mil, a resposta começa a mudar. De um modo intrigante, segundo os autores do estudo, “o 1% do topo chega a pontuar um pouco pior em capacidade cognitiva do que aqueles nos estratos de renda logo abaixo deles”, pontuaram.