Para comemorar o primeiro ano de serviço clandestino, o Biden Cash, uma espécie de mercado da dark web, disponibilizou dados de pessoas de diversas partes do mundo. Ao todo, foram 2,1 milhões de informações de cartões de crédito e débito.
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Contudo, essa não foi a primeira vez que o Biden Cash faz esse tipo de ação. Em outubro do ano passado, a empresa vazou gratuitamente cerca de 1,2 milhão de cartões de crédito na dark web. Enquanto isso, no vazamento recente, foram expostas informações de 811.676 cartões de débito, 740.858 cartões de crédito, além de 292 cartões de cobrança.
Dados brasileiros
O vazamento foi identificado pelo Cyble, grupo de cibersegurança. Segundo eles, há informações de usuários de diversos países, inclusive do Brasil. No caso do nosso país, por exemplo, foram cerca de 19.700 cartões expostos, nos colocando na última colocação dos usuários vazados, apesar do número ainda ser alto.
Os dados incluem informações como nomes, e-mails, números de telefone e endereços residenciais. Entretanto, a informação mais comercializada é, claro, são os dados de cartão de crédito, incluindo números, datas de vencimento e códigos de segurança.
Países com mais usuários afetados pelo vazamento de informações:
- Estados Unidos – 965.846
- México – 97.665
- China – 97.003
- Reino Unido – 86.313
- Canadá – 36.906
- Índia – 36.672
- Itália – 23.009
- África do Sul – 22.798
- Austrália – 21.361
- Brasil – 19.700
Ressalvas
Apesar do alto número de cartões vazados, a maioria dos dados já fazia parte de pacotes já disponíveis na dark web e, portanto, muitos já foram cancelados pelos bancos. Outros, que totalizam 70%, inclusive, tinham vencimento em 2023.
Ainda assim, o vazamento de informações representa risco, uma vez que dá margem para a aplicação de golpes pelos cibercriminosos. Em suma, a exposição das informações deixa os usuários vulneráveis a ataques como phishing, roubo de identidade e outras práticas fraudulentas.