Atenção, mulheres: ter relações ruins é tão prejudicial quanto fumar cigarro

Um estudo australiano entrevistou milhares de mulheres ao longo de duas décadas para entender que relações de má qualidade podem gerar danos à saúde.



As relações sociais já foram comprovadas como métricas importantes de bem-estar na sociedade. Isso quer dizer que as pessoas podem ser mais felizes ou mais tristes a depender da qualidade de sua vida social.

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Um estudo publicado no mês passado na revista General Psychiatry mostra que relações tóxicas podem ter o mesmo efeito negativo que o cigarro ou que a obesidade produz. Isso quer dizer que a qualidade da sua saúde pode ficar seriamente afetada por conta dessa característica da vida.

Estudo mostra danos à saúde causados por relações ruins

O estudo foi realizado dentro da Universidade de Queensland, na Austrália. Eles descobriram que as mulheres de meia idade que não possuem relações sociais saudáveis correm mais risco de sofrer com doenças crônicas. Aquelas que possuem relacionamentos ruins aumentam a chance de desenvolver problemas anos mais tarde.

Foram acompanhadas 7.694 mulheres ao longo de duas décadas. Elas tinham idade entre 45 e 50 anos e possuíam relações diversas com outras pessoas. Nenhuma delas estava diagnosticada com problemas crônicos. Dentre as doenças relacionadas estão:

  • Depressão;
  • Ansiedade;
  • Diabetes;
  • Pressão alta;
  • Cardiopatias;
  • Derrame;
  • Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC);
  • Asma;
  • Osteoporose;
  • Artrite;
  • Câncer.

Uma vez a cada três anos, as voluntárias deveriam responder como se sentiam em suas relações sociais. Isso inclui família, parceria amorosa, trabalho etc.

Resultado ao longo do tempo

No período do estudo, 6 em cada 10 mulheres, ou seja, 58%, desenvolveram uma ou mais das condições elencadas acima. No entanto, nas pessoas que se sentiam insatisfeitas com as relações, a chance de apresentar doenças crônicas era duas vezes maior.

Outros fatores de risco foram responsáveis por menos de um quinto das chances de desenvolver as doenças em longo prazo.

O estudo mostrou a importância de manter relações ao longo da vida, mas incentivou a necessidade de cuidar da qualidade delas. “Essas implicações podem ajudar a aconselhar as mulheres sobre os benefícios de iniciar ou manter relações sociais diversificadas e de alta qualidade durante a meia idade e o início da velhice”, disseram os autores.




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