Gosta de alimentos com aquela parte queimadinha? Fique atento! Os cientistas descobriram que alimentos queimados como batatas, pão, biscoitos, cereais e café, podem formar uma substância chamada acrilamida.
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Alimentos queimados podem ser cancerígenos
Essa substância é carcinogênica em animais, mas ainda não há uma conclusão definitiva sobre seus efeitos em seres humanos. Dessa forma, a Autoridade Europeia de Segurança Alimentar afirma que a acrilamida pode aumentar o risco de câncer em seres humanos, especialmente em crianças.
No entanto, alguns pesquisadores ainda estão estudando seus efeitos em seres humanos para chegar a uma conclusão definitiva. A professora Fatima Saleh, da Universidade Árabe de Beirute, no Líbano, afirma que, se continuarmos fazendo novos estudos em seres humanos, poderemos ter dados apropriados para alterar a classificação da acrilamida para ‘carcinogênico humano’.
Portanto, é aconselhável raspar os pedaços queimados de alimentos, como torradas, para reduzir a ingestão de acrilamida.
Cuide ao preparar seus alimentos
Estudos com animais mostram que a exposição prolongada à acrilamida na alimentação pode aumentar o risco de doenças neurodegenerativas, como a demência. Além disso, pode estar associada a distúrbios do neurodesenvolvimento em crianças, de acordo com Federica Laguzzi, professora de epidemiologia nutricional e cardiovascular do Instituto de Medicina Ambiental do Instituto Karolinska, na Suécia.
O Comitê Conjunto de Especialistas sobre Aditivos Alimentares da FAO e OMS sugeriu em 2010 que mais estudos de longo prazo são necessários para entender melhor a relação entre a acrilamida e o câncer.
Eles apoiam os esforços para reduzir os níveis de acrilamida nos alimentos. Um desafio importante é medir com precisão a quantidade de acrilamida que as pessoas consomem. Ou seja, a acrilamida é genotóxica e pode causar câncer em animais, mas a associação entre acrilamida e câncer em seres humanos ainda é incerta, de acordo com a professora Federica Laguzzi, do Instituto de Medicina Ambiental do Instituto Karolinska, na Suécia.