A reunião da última segunda-feira, 27, para discutir o novo teto de juros do consignado para segurados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) terminou sem consenso entre o governo e os bancos. Por isso, representantes das áreas econômica e política voltam a se reunir nesta terça.
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O encontro, que começa às 11h, será coordenado pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, e contará com a presença do ministro Carlos Lupi (Previdência). Na reunião de ontem, também estiveram presentes os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Luiz Marinho (Trabalho).
Os representantes da ala política defendem um limite de 1,90% ao mês para os juros dos empréstimos consignados, mas a ala econômica quer 1,98% ao mês. A decisão será levada ao presidente Lula ao final das discussões.
Juros do consignado
Há cerca de duas semanas, Lupi aprovou a redução das taxas do crédito para aposentados e pensionistas. O limite baixou de 2,14% para 1,70% ao mês, levando bancos a suspenderem a oferta de empréstimos com desconto em folha.
Agora, a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil e o ministro da Previdência propõem um aumento do teto para 1,85% ao mês. A Casa Civil tem como meta 1,95%.
Já os bancos privados propuseram juros de 2,03%, com possibilidade de baixar para 2% ao mês. Segundo representantes das instituições, qualquer percentual abaixo disso não cobre os gastos com as operações, especialmente devido às comissões aos “pastinhas”.
Para o cartão de crédito consignado, o plano é elevar a taxa de 2,62% para 2,77%, enquanto os bancos defendem 2,95%.
Consenso
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) afirmou em nota divulgada ontem que o acordo está próximo. “A Febraban participou de mais uma rodada de conversas no âmbito do grupo de trabalho coordenado pela Fazenda e as propostas dos dois lados agora estão mais próximas”.
Enquanto isso, a oferta segue suspensa. “É preciso chegar a um acordo, pois o Brasil está vivendo um caos por conta disso. As pessoas que mais precisam são os pobres, pois eles buscam dinheiro para comer. Isso precisa ser resolvido urgentemente”, finalizou João Inocentini, presidente do Sindnapi (Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos).