O governo federal anunciou sua decisão sobre a taxa de juros do crédito consignado para segurados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). O percentual máximo deve ficar entre 1,9% e 2%, próximo ao patamar adotado antes da mudança recente.
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Na última semana, o CNPS (Conselho Nacional da Previdência Social) reduziu de 2,14% para 1,70% o teto dos juros dos empréstimos, e de 3,06% para 2,62% as taxas do cartão de crédito consignado. O corte foi um pedido do ministro da Previdência, Carlos Lupi.
Após a redução, os maiores bancos do país suspenderam suas linhas de crédito na modalidade, o que levou o governo a rever a decisão. Instituições como Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil argumentam que com a redução, o teto de juros não cobre o gasto com a operação do consignado do INSS.
As informações de bastidores são de que percentual foi negociado entre o ministro e os bancos com antecedência, mas eles não chegaram a um acordo. Também há boatos de que Lupi teria apresentado as novas taxas ao conselho sem aprovação prévia da equipe econômica.
Meio-termo
O limite entre 1,9% e 2% foi considerado um meio-termo entre as demandas de Lupi e das instituições financeiras. A nova alteração será oficializada na próxima sexta-feira, 24, em uma nova reunião do CNPS.
Ao contrário do último, o próximo encontro terá a presença de representantes dos setores financeiro e bancário. Ele acontece dois dias após a próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), onde a taxa básica de juros básica da economia (Selic), hoje em 13,75% ao ano, será definida.