Especialistas apontam que levar o celular para a cama pode causar danos ao descanso e a visão. No entanto, 45% dos brasileiros ignoram essas advertências e, pelo menos, 40% usam o aparelho pouco antes de fecharem os olhos e um quinto entre 30 minutos a uma hora antes de deitar.
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Diante deste cenário, uma empresa mundial Emma Colchões lançou o desafio “Desconecte. Durma bem, Reconecte-se”.
Desafio
Para participar do desafio, por dez dias consecutivos, foram convocados 10 influencers brasileiros. A expectativa é justamente quebrar o hábito e rotinas nocivas à experiência do sono.
Na prática, o desafio se baseia em três objetivos:
- Deixar o aparelho fora do quarto;
- Eleger dois momentos diários para desconectar e focar em algo que goste
- Desligar as notificações do celular após as 20:30.
Apesar de o desafio ter sido feito a influencers, qualquer pessoa que deseje melhorar a qualidade de seu sono pode aderir.
Explicação
A ansiedade é um dos fatores que atrapalham o descanso e, na prática, um de seus gatilhos, é justamente as notificações de aplicativos, que podem gerar vícios. Isso ocorre porque a ação libera dopamina no organismo, substância conhecida como “hormônio da felicidade”, justamente por provocar uma sensação de prazer ou satisfação.
Além disso, estudos apontam que os conteúdos consumidos nos celulares ajudam a manter as pessoas acordadas. Por isso, esquecer um pouco do aparelho à noite e ler um livro ou tomar um banho quente, por exemplo, pode melhorar a experiência do sono.
Síndrome de abstinência
Assim como ocorre com o uso de drogas, os sintomas de abstinência podem ocorrer quando não usamos o celular por algum tempo. Nesse sentido, a pesquisa aponta que quase 30% dos participantes conferem as notificações e leem mensagens quando acordam durante a noite.
Por fim, os dados apontam que 74% das pessoas que utilizam o celular após se deitarem, 70% navegam pelo Instagram, 46% acessam o Facebook e outros 43% optam pelo TikTok.
Já quando o assunto é streaming, 31% dos participantes afirmaram que assistem Netflix ao se deitarem para dormir, 10% Amazon Prime e 6% Disney+.
Pelo mundo
A pesquisa também ocorreu em outros países: Austrália, Holanda, Reino Unido e Portugal. No entanto, o Brasil tem o menor índice (45%) quando o assunto é acreditar que o uso do celular não afeta a experiência do sono.
Os dados também apontam que dentre os que utilizam o smartphone antes de adormecer, o brasileiro é também o que menos tem esse hábito (40%). Na Austrália, por exemplo, a porcentagem chega a 49%, enquanto no Reino Unido a marca é de 50%.