O nome de Elize Matsunaga voltou a ser destaque na mídia nas últimas semanas após a divulgação de que ela estaria trabalhando como motorista de aplicativo. Após conseguir sua liberdade condicional no último ano, Elize estaria tentando recomeçar a vida em Franca, interior de São Paulo, como motorista de um aplicativo chamado Maxim.
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A plataforma de motoristas foi criada há 20 anos, atuando em diversas cidades no Brasil. A Maxim surge como uma alternativa dos aplicativos mais conhecidos, como o Uber e o 99. Assim, os pedidos podem ser feitos não somente para os usuários, mas também para terceiros. Nessa caso, será preciso indicar o número de telefone do passageiro nos comentários.
Ao contrário dos demais apps, a empresa possui benefícios para seus motoristas registrados. A taxa cobrada é de 15% para os carros e motos que não são adesivados com a marca do aplicativo. Caso o motorista adesive seu veículo, a taxa cai para 10% nos adesivos na janela traseira e 5% para os adesivos em todo o veículo.
Maxim não exige antecedentes de seus motoristas
Conforme dito pela empresa, ela não exige antecedentes criminais para o cadastro de motoristas, como pedido em outros aplicativos. Assim, a plataforma verifica apenas a CNH do condutor, o documento do veículo e o estado do carro que será utilizado. No caso de Elize, ela utiliza um Honda Fit 2012, sendo avaliada com a nota de 4,8 no app.
Além disso, a Maxim ainda informou que o fato de Elize estar em liberdade condicional “não deve ser um impeditivo de que a mesma possa trabalhar”, visto que o direito ao trabalho está previsto na Constituição Federal. Assim, a Maxim afirma que acredita na ressocialização dos ex-detentos.
Ao ser procurado pelo Uol, o Ministério Público de São Paulo ressaltou que o “sistema de execuções penais tem como uma de suas principais características a progressividade dos regimes de cumprimento da pena”. Por isso, o MPSP incentiva o trabalho aos sentenciados.
Por fim, o órgão ainda ressalta que desde que as condições impostas a cada caso sejam respeitadas e que a atuação seja em atividade lícitas, o trabalho pode evitar a reincidência criminal e gerar uma reintegração social.
Elize estava utilizando documentos falsos
De acordo com o Secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Guilherme Derrite, Elize Matsunaga foi detida no dia 27 de fevereiro ao ser pega utilizando um documento falso sobre seus antecedentes criminais. O crime foi flagrado durante em uma empresa de construção civil em Sorocaba (SP).
Os policiais do DEINTER 7 foram os responsáveis pela identificação do documento, fato que resultou na instauração de um inquérito policial. De acordo com o jornal o Globo, Elize foi detida enquanto trabalhava. Em depoimento à polícia, ela negou ser autora da falsificação ou ter utilizado o documento.