O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é a porta de entrada de muitos estudantes em instituições de ensino públicas e privadas. Até 2022, a aplicação da prova mais esperada do ano ocorria tanto na versão digital quanto impressa. Contudo, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) anunciou que a partir de agora o modelo digital não será mais empregado.
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Por fim, o órgão ligado ao Ministério da Educação (MEC) esclarece que a decisão foi tomada devido aos altos custos de aplicação e baixo interesse por parte dos candidatos em realizar a prova digitalmente.
Enem Digital
O formato do Enem Digital teve início em 2019 e, portanto, teve aplicação nos últimos três anos. Em suma, as provas eram iguais às impressas. Contudo, no formato digital os estudantes iam até os locais de aplicação e realizavam o exame em frente a um computador.
Em suma, no último ano, havia cerca de 100 mil vagas para o Enem Digital, entretanto, apenas 65.066 candidatos optaram pelo modelo e, ainda, menos da metade compareceu no dia de realização da prova. No primeiro dia, por exemplo, 32.376 candidatos estiveram nos locais de provas, ou seja 49,7%. Já no segundo dia, esse número foi de 46% (29.888 estudantes).
Só no último ano, o custo do Enem digital foi de R$ 25,3 milhões. Portanto, o valor por candidato foi de R$ 860, o que na prática representa quase sete vezes mais que o valor da prova impressa por estudante, que fica em torno de R$ 160. No total, foram mais de 2 milhões de estudantes, com um custo de R$ 324 milhões.