Fábricas de automóveis paradas: o preço dos usados vai subir?

Entenda o que esperar dos valores dos casos usados e seminovos a partir do anúncio de férias coletivas das principais montadoras.



Nas últimas semanas, inúmeras montadoras de veículos anunciaram férias coletivas a seus colaboradores no Brasil. Segundo as empresas, o principal motivo para a ação é a falta de semicondutores. Apesar do argumento, há um consenso no mercado que aponta a verdadeira razão da paralisação: altos estoques. Ou seja, as vendas de veículos ficaram aquém do esperado para o primeiro bimestre de 2023.

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Diante deste cenário, uma dúvida paira sobre os consumidores: se os modelos novos estão com baixa demanda, o que ocorrerá com o mercado de usados?

Cenário

Dentre as montadoras que aderiram à medida, estão a Chevrolet, Hyundai, Jeep, Mercedes-Benz e Volkswagen. Assim, da última vez que houve uma paralisação desta dimensão, faltaram carros no mercado e, então, ocorreu uma alta de 25% no preço dos usados.

Apesar deste histórico nada animador, o cenário do momento é diferente. Isso porque no último bimestre de 2022 e nos primeiros meses deste ano, o preço dos usados caiu 7%. Os dados são da Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto).

Ainda assim, não se pode afirmar que haverá uma nova baixa. O que se pode esperar é um cenário de estabilidade, sem muito impacto pela paralisação das fábricas. Isso porque, ao contrário do que aconteceu em 2020, há estoques nos pátios das montadoras e, por isso, não necessariamente a população precisará recorrer aos usados, aumentando a demanda do nicho.

Queda nas vendas

Nos dois primeiros meses de 2023, por exemplo, foram vendidos 25 mil veículos a menos do que a previsão do mercado. Na prática, foi este fator que levou as montadoras a acumularem estoques de carros.

Ainda assim, no mês de março, o mercado aponta uma leve retomada na venda de automóveis zero km e, por isso, houve a manutenção da previsão de comercialização de 2,05 milhões de unidades em 2023.




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