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Paralisação e férias coletivas: o que está acontecendo com as montadoras?

Entre tantas dificuldades, a paralisação das montadoras se justifica principalmente pela diminuição na demanda por empréstimos diante da taxa básica de juros, a Selic.



Diversas montadoras brasileiras estão sofrendo com a dificuldade em continuar com a produção. Algumas delas, inclusive, já anunciaram a paralisação das suas atividades. O problema se arrasta desde 2020, graças à falta de matéria-prima e tantos outros impactos provocados pela pandemia da Covid-19.

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A maior dificuldade, segundo as montadoras, é enfrentar a diminuição na demanda por empréstimos mais caros, uma consequência também das condições financeiras de muitos clientes. Todos os fatores têm um ponto em comum, que é o aumento da taxa básica de juros, a Selic.

Paralisação das montadoras

Diante da alta dos juros, muitos brasileiros estão com mais dificuldades de conseguir crédito. Consequentemente, aqueles que faziam planos de comprar um carro novo tiveram que adiar o projeto pela falta do recurso.

Somado a isso, segundo os economistas e analistas do setor, um agravante que tem um grande peso é a queda no poder de compra da população. A situação impacta, por exemplo, na redução do potencial de financiamento. Além disso, diante do endividamento de muitos brasileiros, os bancos limitaram a oferta de crédito.

As montadoras brasileiras dizem sentir o impacto da baixa procura. Sem demanda para os carros novos, muitas delas decidiram paralisar as atividades, pelo menos até que as condições dos empréstimos se tornem mais favoráveis para as famílias que desejam comprar um veículo novo.

Entre as montadoras que anunciaram a paralisação, temos a Volkswagen. A empresa anunciou que vai suspender a produção de carros novos no Brasil. Outras que entram na lista foram a GM, Stellantis, Mercedes-Benz e Hyundai.

Diante da paralisação, as empresas deram férias coletivas aos colaboradores.

Os dados divulgados pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) confirmam os resultados negativos. Em janeiro deste ano, a queda foi de 34% nos emplacamentos de veículos em relação ao mês anterior. Fevereiro teve uma queda de 9% em relação ao mês anterior, confirmando a tendência.

Foto: Jenson/Shutterstock




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