No dia 27 de fevereiro, foi anunciada uma parceria entre a Qualcomm, uma empresa norte-americana que produz processadores para celulares, com a Phophesse. Essa última é uma empresa francesa que trabalha na área de visão computacional, mais especificamente com sistemas de visão neuromórfica para máquinas. A parceria visa acabar com um problema: fotos borradas.
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Os sensores da Prophesse, integrados na câmera, serão capazes de reparar o desfoque de movimento e de outros artefatos de qualidade de imagem em cenas de alta dinâmica e em condições de pouca luz. Em outras palavras, as imagens não sairiam borradas em situações de movimento rápido – como na prática de um esporte – ou em ambientes com baixa presença de luz.
Como a tecnologia vai acabar com as fotos borradas?
Por meio dos sensores da Prophesse, é adicionado uma nova dimensão de detecção para fotografias móveis. De acordo com a descrição de seu funcionamento, “eles mudam o paradigma na captura tradicional de imagens ao focar apenas nas mudanças de uma cena, pixel a pixel, continuamente, em velocidades extremas.”
Em cada pixel presente no sensor Metavision há uma incorporação de um núcleo, que permite com que ele atue como um neurônio. Sendo cada um deles ativado de uma forma assíncrona e inteligente, de acordo com a presença de fótons detectados. A fim de contextualizar, os fótons são partículas que compõem a luz.
Nesse sentido, como resultado da integração do sensor, o sistema preenche as lacunas entre e dentro dos quadros da câmera com eventos de microssegundos que são “capazes de extrair algoritmicamente informações de movimento puro e reparar o desfoque de movimento.”
Quando chega e para quais usuários?
Como era de se esperar, a ideia é de que o sensor seja aplicado em celulares de última linha que contém os processadores Snapdragon. Por fim, espera-se que os kits de desenvolvimento com compatibilidade dos sensores de tecnologia Propheese estejam disponíveis ainda em 2023.