Golpe das criptomoedas: por que é quase impossível ganhar 5% ao mês?

Saiba mais sobre o golpe das criptomoedas que atingiu até mesmo o jogador Gustavo Scarpa e saiba como se proteger de promessas mirabolantes com investimentos.



O acesso a uma informação poderia ter feito os ex-jogadores do Palmeiras que tiveram prejuízo milionário ao caírem no golpe das criptomoedas evitarem a dor de cabeça. Isso porque a promessa de 5% de lucro ao mês, garantida a eles em contrato, está muito fora da realidade do mercado.

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O caso ganhou os holofotes no domingo (12), quando o Fantástico mostrou o caso do meia Gustavo Scarpa, atualmente no Nottingham Forest FC, da Inglaterra, que investiu R$ 6,3 milhões em criptomoedas em uma aplicação indicada por Willian Bigode, ex-colega de Palmeiras e atual Fluminense.

O lucro de 5% ao mês prometido ao jogador pelo ex-colega, a partir da sua empresa de assessoria, equivale a quase 80% ao ano, muito mais (aproximadamente 6x) do que a taxa de juros do país, a Selic.

“Quando a gente fala de investimentos, tudo que vai acima da taxa Selic começa a ter risco. Quanto maior é a rentabilidade possível, maior a possibilidade de perda. O risco é isso: tem chance de ganhar e tem muita chance de perder”, explica ao G1 Thiago Godoy, educador financeiro da Rico.

Ainda segundo o G1, Scarpa poderia ter alcançado rendimentos próximos a R$ 1 milhão por ano caso tivesse optado por uma carteira de investimentos mais conservadora e, portanto, segura.

Como evitar o golpe das criptomoedas?

Para escapar de golpes e situações de risco do tipo, o mais indicado é entender como o mercado financeiro funciona antes de partir para o investimento. No caso, as aplicações de renda fixa são as mais seguras, mas elas giram em torno da taxa de juros básica do país, a Selic.

Em renda variável, é possível buscar taxas mais altas e ter mais lucro, mas é importante saber que esse tipo de investimento tem risco maior e, portanto, maior chance de perdas financeiras. Isso porque o rendimento está ligado a ações na bolsa, que podem subir ou cair, dependendo das movimentações do mercado.

Portanto, mesmo ao comprar uma ação que está indo bem há um tempo, não é possível garantir que ela continuará bem. “Isso pode acontecer durante um período, com uma ou outra empresa. Por isso que a gente sempre fala sobre a diversificação de investimentos: uma empresa que valoriza muito é ótimo, mas ela pode desvalorizar muito mais do que isso”, explica o educador.

Além disso, ativos que foram supervalorizados, ou seja, que renderam muito acima do esperado, são exceções no mercado. Um exemplo é da companhia Cielo, que teve valorização de 105% em 12 meses, mas já acumula queda de 2,63% em 2023.

Outro fator de risco está ligado particularmente ao criptoativos, como criptomoedas em circulação. Isso porque essa modalidade de investimento tem acumulado instabilidade nos últimos meses, colhendo prejuízos.




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