Pedido de impeachment contra Lula é protocolado na Câmara; entenda

Deputado Carlos Jordy (PL) afirma no pedido de impeachment contra Lula que o presidente seria responsável pelos atos terroristas de 8 de janeiro.



Na semana passada, um pedido de impeachment contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi protocolado na Câmara dos Deputados. O político foi denunciado pelo deputado federal Carlos Jordy, do PL e aliado de Jair Bolsonaro, de ter cometido o crime de responsabilidade no dia 8 de janeiro, quando a sede dos Três Poderes foi invadida e vandalizada por terroristas ligados ao ex-presidente.

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No pedido, o deputado alega que o presidente Lula agiu de forma omissa durante os atos terroristas, estendendo as acusações também para o governo federal como um todo. Na época, os civis responsáveis agiram alegando não concordar com a derrota nas eleições presidenciais de 2022.

As sedes da Câmara, onde o pedido foi protocolado, do Senado Federal e do Supremo Tribunal Federal foram duramente danificadas no dia.

Quais as justificativas do deputado para o pedido de impeachment contra Lula?

No texto, Jordy (PL) afirma ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), que o governo federal sabia da existência dos atos antidemocráticos e que todos os membros do governo foram alertados de que poderia haver “manifestações” no dia 8 de janeiro.

O deputado questiona ainda como Lula, que está no seu terceiro mandato por votação popular, pode gerir um país como o Brasil se não conseguiu frear as manifestações do dia 8 de janeiro em um local como Brasília. Na data, ainda muito polarizada, a capital federal tinha tanto o governador distrital quanto o secretário de Segurança Pública como aliados de Bolsonaro. Ambos foram afastados após as forças distritais, responsáveis pela segurança na região, não agirem proporcionalmente.

Além de fazer manobras argumentativas para responsabilizar Lula pelos atos dos terroristas, Jordy também reforçou no texto a ideia de que as depredações e vandalismos foram feitos por pessoas da esquerda “infiltradas”. Foram 1,4 mil pessoas presas entre os dias 8 e 9 de janeiro por causa dos atos, e pelo menos 767 continuaram detidas até o dia 28 de fevereiro.




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