A Petrobras anunciou que o Ministério de Minas e Energia solicitou a suspensão da venda de seus ativos pelo prazo de 90 dias. O motivo, segundo o documento enviado pelo governo federal, seria um processo de reavaliação da Política Energética Nacional.
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O Executivo atualmente avalia a política de preços adotada pela empresa, que atrela suas cotações ao mercado internacional. No início da gestão de Lula, quando o presidente prorrogou a desoneração dos combustíveis, ele também se comprometeu a reavaliar o modelo.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, enviou uma carta ao presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, informando que a suspensão deverá respeitar termos que não ponham em risco os “interesses intransponíveis” da estatal.
O foco do pedido são os processos de desinvestimentos e alguns em trâmite que ainda não foram concluídos. Segundo a Petrobras, seu Conselho de Administração analisará os compromissos assumidos, bem como “suas cláusulas punitivas e suas consequências”.
Reoneração e críticas
O governo Lula decidiu retomar a cobrança de impostos federais sobre a gasolina e o etanol após ter prorrogado a medida por dois meses no início de janeiro. A decisão foi desaprovada por parte de sua equipe, mas aprovada por outra, incluindo o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT).
Segundo ele, a decisão é legítima diante do cenário econômico que o Brasil atravessa e a gestão atual só está “desmontando uma bomba preparada por Bolsonaro que já era para ter explodido”. Apesar de apoiar a reoneração, o ministro chamou a política de preços da Petrobras de “absurda”.