Os brasileiros que recebem o Bolsa Família em breve terão a oportunidade de utilizar seu benefício com mais facilidade. Segundo anunciado pela presidente da Caixa Econômica Federal, Maria Rita Serrano, os cartões usados no pagamento das parcelas passarão a ter função débito.
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Assim, cerca de 21 milhões de famílias de baixa renda não precisarão mais sacar o dinheiro para realizar suas transações. O cartão de débito ampliará o acesso desses brasileiros a serviços bancários, possibilitando a realização de pagamentos e compras diretamente no estabelecimento escolhido.
“Então nós vamos bancarizar a população e facilitar a retirada desses recursos, pagamento em mercados, então a ideia é essa: facilitar para que ninguém fique na fila”, disse Serrano.
Atualmente, os beneficiários do programa recebem os recursos por meio da poupança digital social do Caixa Tem e realizam saques na boca do caixa e em agências lotéricas.
Durante o governo Bolsonaro, quando a iniciativa foi chamada de Auxílio Brasil, alguns aprovados receberam um cartão com chip para ativarem o débito. O plano da nova gestão é ampliar a distribuição do produto.
Reestruturação do Bolsa Família
No início deste mês, o governo anunciou uma grande reestruturação do Bolsa Família, que passou por algumas mudanças consideradas negativas na gestão passada. Os gastos da União com a parcela deste mês devem chegar a R$ 14,5 bilhões, para atendimento de 20,9 milhões de famílias, sendo que 700 mil serão incluídas agora.
Além do benefício básico de R$ 600, o presidente Lula confirmou a criação de dois adicionais: um de R$ 150 e outro de R$ 50. O primeiro atenderá crianças de até 6 anos, enquanto o segundo será pago aos lares com gestantes ou filhos entre 7 e 18 anos.
Outras novidades também são esperadas, como a volta de exigências para continuar recebendo o benefício (carteira de vacinação em dia, frequência escolar e outras), e o aumento na atenção aos dados informados no Cadastro Único (CadÚnico).